O Boa Esporte vive a expectativa da chegada do goleiro Bruno Fernandes ao centro de treinamentos do clube em Varginha (MG) nesta segunda-feira (13). O atleta é esperado para realizar exames e assinar contrato com o clube. Apesar de toda a comoção social e as críticas que vêm recebendo nas redes sociais, a diretoria do clube de Varginha afirma que não irá voltar atrás. Nem mesmo a possibilidade de perder patrocinadores assusta.
Na manhã desta segunda-feira, mais um patrocinador anunciou que encerrou seu vínculo com o clube. A Magsul, clínica especializada em ressonâncias magnéticas, anunciou em suas redes sociais que também rescindiu seu apoio e patrocínio ao clube. Na noite de sábado (11), a Nutrends Nutritions, empresa de suplementos nutricionais, também anunciou que rescindiu contrato com o clube.
A Cardiocenter Varginha, que presta serviços de avaliações médicas dos jogadores do Boa Esporte também se pronunciou. A empresa publicou um comunicado em sua página oficial no Facebook dizendo ter pedido para que a marca fosse retirada do site oficial do clube. A Góis & Silva, principal patrocinadora do Boa Esporte, informou que fará uma reunião com a diretoria do clube nesta segunda-feira e que também poderá encerrar o vínculo.
Site hackeado
Após o anúncio da contratação do goleiro Bruno na última sexta-feira (10), o site oficial do Boa Esporte Clube foi hackeado no início da tarde deste domingo (12). A página inicial, que trazia informações sobre o clube e os últimos jogos no Campeonato Mineiro, foi substituída por um texto com dados sobre feminicídio e questionamentos sobre a associação de empresas com o jogador.
Momentos depois, o Boa Esporte retirou a mensagem do ar, deixando somente uma página em branco.
Outro lado
Em nota oficial publicada no início da tarde deste domingo (12) e assinada pelo presidente do clube, Rone Moraes da Costa, o Boa Esporte afirma que "não foi o responsável pela soltura e liberdade do atleta Bruno, mas o clube e sua equipe, enquanto empresa e representada por seres humanos, dotada de justiça e legalidade, podem dizer que tentam fazer justiça ajudando um ser humano, mais, cumprem a legalidade dando trabalho a quem pretende se recuperar".
No documento, o presidente diz ainda que "o tão procurado estado democrático de direito, a sociedade justa e fiel, a vida em sociedade, segundo critérios civilizados indicam de longa data que o criminoso colocado em liberdade deve ter atenção do estado, atenção suficiente para que possa restabelecer uma vida em sociedade. E ninguém pode negar que não existe vida em sociedade mais digna [do que a] vida no trabalho".