Belfort mostra camiseta no meio de encarada com Weidman: “história da minha vida”

Na parte de trás, estava escrito “Já estive aqui antes”, e o destaque fazia menção aos UFCs 12 e 46.

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Próximo desafiante ao cinturão dos médios do Ultimate, Vitor Belfort levou uma camiseta especial para encarar o campeão Chris Weidman, na super coletiva de imprensa promovida pelo UFC em Las Vegas, nesta segunda-feira. Na parte da frente da peça, havia os dizeres “Estou pronto”, em inglês, e a data do UFC 184, que acontece no dia 28 de fevereiro, em Los Angeles. Na parte de trás, estava escrito “Já estive aqui antes”, e o destaque fazia menção aos UFCs 12 e 46, além de novamente citar a sua próxima disputa de cinturão.

-  A história por trás dessa camiseta? A história da minha vida e a minha vida é um filme... Aos 19 anos de idade, me sagrei o campeão mais jovem, no UFC 12, depois de vencer duas lutas numa noite. Depois, no UFC 46, duas semanas depois da minha irmã ser sequestrada, eu fui lá, lutei e conquistei o cinturão meio-pesado com muita garra, muita determinação. E agora, com 37 anos, depois de anos de carreira, vou conquistar mais um cinturão no UFC 184 e fazer história. O importante é conquistar passo a passo. Eu agradeço todo dia a Deus por essa oportunidade e por essa trajetória. Estar nesse esporte hoje em dia ainda em alto rendimento é algo grandioso. Eu só levanto a mão para o céu e agradeço todo dia - declarou o brasileiro, em entrevista ao Combate.com logo após o evento.

No momento da encarada, Weidman pareceu surpreso com a iniciativa do brasileiro de levar a camiseta. Depois do olho no olho, os dois chegaram a se provocar por gestos - o americano fazia sinal de "degola" enquanto Vitor erguia o punho cerrado em sinal de vitória:

- Já era para ele. Ele estava dizendo “já era”, mas isso é para ele mesmo - brincou o desafiante.

 Vitor evitou responder perguntas diretamente relacionadas ao campeão e afirmou que, mesmo lutando em Los Angeles, nos EUA, acredita que a torcida estará ao seu lado:

-  Aos 16 anos de idade, cheguei em Los Angeles, com uma mão na frente e a outra atrás. Então vou lutar em casa. A torcida dele é só em New Jersey. Há muitos brasileiros aqui, mas os EUA me receberam de braços abertos, me deram a oportunidade de mostrar o meu trabalho e sou muito bem recebido até hoje. Tem a parte latina, também, que é muito grande, mas sinto como se estivesse lutando em casa.  Na verdade, Weidman tem o que é meu e, no dia 28 de fevereiro, vou tomar dele. Estou focado no meu objetivo que é vencer essa luta.

Com um cartel de 24 vitórias, sendo 17 por nocaute, e 10 derrotas, “O Fenômeno" não dá muita importância aos críticos que afirmam que ele só tem chance de vencer o duelo contra Weidman nos primeiros rounds do combate:

- Seria muita ignorância da minha parte entrar numa luta esperando que eu vá ganhar só no primeiro round. Mas se for assim, é como a Ronda falou: “É bom para a minha mãe que eu ganhe no primeiro round”. Tem que ter qualidade para ganhar no primeiro round, mas você se prepara para cinco rounds. Além disso, o que as pessoas pensam, na realidade, não decide nada com relação à minha vida. O que importa é você estar focado e preparado. A palavra é preparação e é o que eu tenho feito há anos.

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