O Atlético de Madrid tem sido um rival difícil de ser batido pelo Barcelona nesta temporada. Em quatro partidas, foram quatro empates, e apenas um jogador do Barça conseguiu marcar contra os Colchoneros: Neymar. Nesta quarta-feira, as duas equipes voltam a se enfrentar em mais um duelo decisivo, desta vez pela volta das quartas de final da Liga dos Campeões.
E uma nova igualdade em 0 a 0 dá a vaga aos madrilenhos, já que a ida terminou em 1 a 1. Se o histórico recente é equilibrado, a história mostra que os clubes possuem trajetórias diferentes dentro da competição. Enquanto os catalães são habitués nas fases decisivas, buscando a sétima classificação consecutiva para as semis, os madrilenhos não figuram entre os quatro melhores da Champions desde 1974.
A diferença também é grande na valorização dos elencos. O custo de mercado da equipe do Barcelona (R$ 1,9 bilhão), segundo dados do site "Transfermarkt", supera o dobro da do Atlético (R$ 922 milhões). Os dois jogadores que fazem as cifras do Barça alavancarem estarão em campo e têm um ótimo retrospecto contra os atleticanos. Messi já marcou 20 gols em 19 partidas, incluindo três hat-tricks, contra seu alvo preferido. Neymar fez os dois do Barça sobre o rival na campanha 2013/2014 e ainda não perdeu na capital, acumulando dois triunfos e dois empates.
Se o time azul e grená terá força máxima no ataque, os Colchoneros torcem para que seu principal jogador esteja em forma. O brasileiro naturalizado espanhol Diego Costa sofreu uma lesão muscular na coxa direita na ida e, desde então, vem fazendo tratamento intensivo para entrar em campo nesta quarta. No último treino de terça, a referência do Atlético treinou separadamente e teve contato com a bola. O técnico Diego Simeone, contudo, prefere manter o mistério. Caso a referência da equipe não jogue, Adrián será o titular.
- Precisamos que os jogadores estejam bem. Se estiver bem, jogará. Se estiver mais ou menos bem, ficará no banco. Se não estiver bem, não ficará nem no banco. Tem que estar, no mínimo, a 90%. Seja Miranda, Godín ou Diego Costa, não se pode jogar a 50%. Confio em Adrián e estou certo de que vai fazer um gol amanhã - disse o comandante argentino.
O treinador Tata Martino poderá montar uma escalação diferente no ataque. Fàbregas foi testado como um falso 9 ,e Neymar voltou para a ponta esquerda, em um 4-3-3. Independentemente do posicionamento, a preocupação maior do comandante é a postura do Barcelona em campo, que tem jogado bem, mas de forma irregular.
- Na partida de ida não estivemos distantes daquele Barcelona que venceu o Real Madrid no Bernabéu, por 4 a 3 (no Campeonato Espanhol). A diferença é que uma ganhamos e, a outra, não. Em ambos os jogos vimos o melhor do Barça, em momentos específicos. Temos que estendê-los um pouco mais neste jogo.
O meia Iniesta disputará sua 500ª partida com o Barcelona e já é o quinto jogador que mais vezes defendeu as cores do clube. Entre os desfalques estão o goleiro Victor Valdés e o zagueiro Piqué. O capitão Puyol, que se recupera de lesão, viajou com o grupo, mas não tem vaga garantida entre os titulares.
O Atlético de Madrid tem vem de quatro vitórias seguidas no Vicente Calderón na Liga dos Campeões, acumulando 16 em 17 jogos na competição. Os rivais já se enfrentaram 106 vezes no estádio, em todas as competições, e o retrospecto é favorável aos mandantes, com 50 vitórias, 23 empates e 33 derrotas. Mas ultimamente, os culés têm levado a melhor e não perdem na casa dos madrilenhos há quatro anos, ou cinco partidas.