O Bandsports fez uma transmissão clandestina dos Jogos Olímpicos de Tóquio na madrugada desta quarta-feira (28), já durante a tarde no Japão. Sem ter pago pelo direito de exibir os jogos da quadra 5 do centro de tênis, onde as brasileiras Laura Pigossi e Luisa Stefani buscavam uma vaga na semifinal contra uma dupla dos Estados Unidos, o canal da Band exibiu parte do duelo a partir de filmagem própria.
Os Jogos Olímpicos têm uma empresa responsável pela geração de imagens que vai para todos os detentores de direitos de transmissão e que mantém um padrão de qualidade que inclui angulação das câmeras e gráficos. Mesmo empresas que pagaram para exibir a Olimpíada só podem usar imagens de competição geradas pela OBS.
Mas nem a Globo nem a Band, que transmitem a competição para o Brasil, pagaram o valor extra cobrado pelas imagens das quadras periféricas do tênis no dia de hoje. Assim, ainda que houvesse câmeras automáticas, sem cinegrafistas, filmando o jogo e gerando imagens para outros detentores de direitos, elas não poderiam exibir o jogo ao vivo no Brasil.
A Band, porém, mandou uma equipe com o repórter Elia Júnior e um cinegrafista para o local. Do alto de uma plataforma no fundo de uma das quadras, Elia entrou ao vivo no Bandsports para uma passagem — quando o repórter faz uma rápida participação em um programa ou telejornal. Mas a transmissão foi mantida por vários minutos.
A notícia de que a equipe da Band estaria filamando a partida no fundo da quadra chegou à OBS, que teria cobrado a emissora. Elia, então, avisou que a transmissão precisava ser encerrada. "Não temos condição técnica de continuar aqui", disse o repórter, segundos antes de o equipamento ser retirado às pressas da plataforma.