Baixa do MMA brasileiro faz grande lutador tentar carreira na China

A esposa do lutador e seu filho de 12 anos ficam no Brasil.

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O lutador Ederson "Lion" Macedo, foi neste final de semana para a China, depois de competir profissionalmente no MMA brasileiro por cinco anos, ele vai para o outro país afim ser professor e dar lutas em eventos asiáticos, já que para ele, no Brasil esse assunto é muito limitado.

- No Brasil, os eventos não dão valor para os lutadores, fora que a bolsa paga é uma vergonha. Temos de ficar muito tempo sem lutar, esperando pelas competições. É muito ruim, vivemos da luta. Se não competimos, ficamos sem dinheiro e quase todos os lutadores tem família para sustentar. Muitos param por falta de condições - contou

Ao todo, Lion coleciona cinco lutas no Jungle Fight, com um cartel de três vitórias e duas derrotas. Depois de dois anos no evento, seu contrato acabou em janeiro após derrota para Rodrigo "Monstro" e não foi renovado. A luta valeu vaga para disputar o cinturão da categoria e, com isso, o campeão acertou um contrato com o UFC.

- Não é que desanimei, mas lá fora temos mais estrutura de treinamento. Aqui no Brasil você tem mais qualidade humana, como o sparring, mas você tem que ter patrocínio para se manter apenas treinando. A minha equipe (XGYM) é a melhor do mundo, não deixa a desejar em nada, mas para me manter treinando no Rio de Janeiro, sem patrocínio, fica difícil.

Para se habituar a cidade chinesa de Hong Kong, o lutador vai poder contar com a ajuda do amigo Diego "The Gun" Nunes, ex-UFC e que atualmente é contratado do Bellator (segundo principal evento americano). Foi ele quem indicou o Lion para dar aulas em uma academia conceituada da China, além de oferecer hospedagem ao parceiro. A esposa do lutador e seu filho de 12 anos ficam no Brasil.

- Vou sentir muita saudade deles, mas quero poder dar o melhor para minha família. É a minha chance de crescer profissionalmente - resumiu.

 

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