O Atletiba deste domingo, pelo returno do Brasileirão, foi manchado pela violência. No estádio, uma briga entre duas torcidas organizadas - "Os Fanáticos? e "Ultras" - do Atlético-PR resultou na prisão de 11 torcedores - quatro pessoas tiveram que assinar termos circunstanciados, que é o registro para delitos de menor potencial ofensivo. Além da briga na partida, a Polícia Militar teve mais trabalho fora do estádio. Após o jogo, a PM prendeu outros três torcedores por porte ilegal de arma. Entre eles, está o atual presidente da Torcida Organizada ?Os Fanáticos?, Fábio Marques, de 33 anos.
Fábio estava com uma pistola calibre .40. Além dele, Henrique França de Oliveira Rossi, de 22 anos, e André Luiz Santos Vieira, de 21 anos, também foram presos. As informações das prisões são da rádio Banda B, de Curitiba. Quando foram detidos, os torcedores estariam em um veículo, em frente à sede da torcida, no bairro Rebouças, na capital paranaense.
- A prisão aconteceu na escolta da torcida do Atlético da Vila Capanema até a sede da organizada. Foi dada a voz de abordagem e a pistola foi encontrada. É uma arma com numeração suprimida que parece ter sido roubada de um policial militar - explicou o tenente Edwagner, do 13° Batalhão da Polícia Militar do Paraná, em entrevista à rádio.
Os detidos foram encaminhados ao Centro de Atendimento Integrado ao Cidadão, Ciac-Sul, em Curitiba. Eles disseram não saber a procedência da arma e afirmaram que ela estava no carro para defesa pessoal. Os três torcedores passarão, pelo menos, a noite detidos.
Árbitro não relata briga na súmula
O árbitro do clássico, Sandro Meira Ricci, não relatou na súmula do jogo a confusão entre torcedores do Furacão. Sandro informou o atraso de 12 minutos para o início do segundo tempo, mas citou a queda parcial do alambrado como justificativa.
- Houve um atraso de 12 minutos no reinício do jogo devido ao fato de o alambrado, onde se encontrava a torcida do Clube Atlético Paranaense, no lado oposto das áreas técnicas, ter envergado na direção da própria torcida. Segundo o relato do Comandante do Policiamento, Tenente Coronel Karen Denise Krasinski, o envergamento do alambrado foi provocado por pessoas da torcida citada acima, que subiram nele para comemorar o resultado do primeiro tempo ? relatou Sandro.
Na súmula, o árbitro ainda mencionou o isqueiro jogado pela torcida atleticana, que foi entregue ao quarto árbitro Adriano Milczvski pelo atacante Bill, do Coxa. Mesmo sem o relato da briga na súmula, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pode usar as imagens da confusão para denunciar o Atlético-PR, que pode perder mando de campo.