Atletas do vôlei reclamam do horário do jogo: “Só pensam na mídia”

Segundo elas, depois das 22h é um horário ingrato com as atletas.

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Na noite desta segunda-feira (08), a seleção feminina de vôlei jogou contra a Argentina nas Olimpíadas depois das 22h30. Após a disputa, as meninas não esconderam a raiva com o horário que estão sendo os jogos. A bicampeã olímpica Thaisa desabafou e afirmou que os organizadores só pensam na mídia e não se importam com os atletas.

“A gente tem de se sentir bem independente (do horário). É um horário ingrato com atleta. Agora, vai chegar que horas. Jantar, tomar banho até poder relaxar, adrenalina baixar e dormir, vai ser lá para madrugada. É complicado, horrível, para atleta é péssimo, mas as pessoas precisam pensar no lado do atleta, não só da mídia”, falou Thaisa, que foi poupada dos dois primeiros jogos.

De acordo com a jogadora, ela tem dificuldade para dormir depois de partidas à noite e chega até a passar noites em claro.

“Costumo dormir cedo, só que joguei, é um problema sério. Até jogo de Superliga quando é mais tarde, fico tensa, principalmente se acho que não fui bem, A cabeça não para, às vezes não durmo”, completou.

A queixa de Thaisa foi alvo de reclamação de quase todas as atletas do Brasil depois da vitória sobre a Argentina por 3 a 0. Mesmo com o jogo rápido, elas previam dormir depois das 3 horas.

“Acredito que vai conseguir dormir, chegar na Vila, andar até o refeitório, jantar e ir para o quarto e a adrenalina baixar, coloco umas 3 horas da manhã para frente. A gente sabe que a rotina vai ser essa para os próximos dias, precisa se acostumar. Tem de se adaptar neste horário porque é o que vai ser até a final, se Deus quiser”, falou Natália.

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