A Federação Internacional de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) autorizou nesta terça-feira a atleta sul-africana Caster Semenya a voltar às competições.
Semenya, de 19 anos, teve a identidade sexual contestada após surpreender e ganhar a medalha de ouro nos 800 metros rasos no Mundial de Atletismo de Berlim, Alemanha, em agosto do ano passado.
A atleta esteve desde então afastada das pistas, enquanto aguardava a conclusão de testes para confirmar seu gênero.
"A IAAF aceita a conclusão de uma comissão de especialistas médicos de que ela pode competir imediatamente", disse a federação em um comunicado.
Resultados confidenciais
A IAAF afirma, porém, que os resultados dos testes realizados em Semenya são confidenciais.
Segundo informações divulgadas na época, no entanto, Semenya apresentaria altos níveis do hormônio masculino testosterona.
O caso da atleta sul-africana lembra o da judoca brasileira Edinanci Silva, que nasceu com órgãos sexuais de ambos os sexos e, nos anos 1990, passou por uma cirurgia de correção para poder continuar competindo como mulher.
Não se sabe, no entanto, se a atleta sul-africana teria feito algum tratamento médico para poder competir.
Semenya poderá agora competir no Campeonato Mundial Juvenil de Atletismo, no fim do mês, no Canadá, e nos Jogos da Commonwealth, na Índia, em outubro.