O franco-atirador espanhol Santiago Sánchez Ramírez, que colocou na mira de seu rifle e fotografou membros da família real e do governo da Espanha, também visou estrelas do Real Madrid com suas armas. A revelação foi feita neste sábado (19) pelo jornal espanhol El Confidencial. Ele está preso e nesta semana foi condenado por posse ilegal de armas e outros delitos. Sua pena pode chegar a nove anos de cadeia.
O atirador ficava escondido dentro de um furgão na saída do Centro de Treinamento de Valdebebas, onde o clube madrileno treina. De lá, apontava uma arma com mira telescópica para os carros e pessoas que entravam e saiam e fotografava. Ficaram na sua visada grandes astros do clube como os atacantes Cristiano Ronaldo e Karin Benzema, o brasileiro Marcelo, o ex-técnico do time Carlo Ancelotti e o presidente do Real, Florentino Pérez.
Ao diário espanhol, o Real informou que recebeu as fotos do suspeito em tom ameaçador, e que avisou a polícia espanhola. Teria sido isso que deu início à investigação. Quando foi preso em 2014, a polícia encontrou diversos HDs com fotos tiradas através de uma mira telescópica de rifles.
Ramírez apontava a arma e fotografava através da mira figuras como o rei Felipe VI e os ex primeiros-ministros José Luiz Rodrígues Zapatero e José María Aznar. Foram mais de 300 atentados simulados.
Parte das imagens o próprio Ramírez postou em redes sociais. O vendedor de carros afirmou em sua defesa que sua intenção era expor as falhas de segurança de personalidades espanholas para que fossem corrigidas. "Eu matei Cristiano Ronaldo", afirmou ao jornal espanhol por ter colocado o craque português em sua mira quando ele saia do centro de treinamentos.