A primeira reunião entre a diretoria do São Paulo e os representantes de Nilmar terminou sem o desfecho que a torcida tricolor tanto esperava. O encontro reuniu no estádio do Morumbi o diretor de futebol do Tricolor, Adalberto Baptista, o empresário do jogador, Orlando da Hora, e o advogado do atleta, André Ribeiro. Durante seis horas, discutiram a questão salarial para um possível retorno ao futebol brasileiro.
No Villarreal, o atacante recebe ? 2 milhões por ano (equivalente a R$ 4,58 milhões), o que significa R$ 381 mil mensais. É um valor alto para os padrões do Tricolor, mas que é possível ser contornado com a ajuda de patrocinadores, exatamente como o clube do Morumbi faz com Luis Fabiano, que recebe uma parte de seus vencimentos de parceiros são-paulinos - segundo o próprio Fabuloso, 60% de seu salário é pago pelo clube, e o restante vem de acordos envolvendo o departamento de marketing.
No clube espanhol, Nilmar não recebe salários há três meses, segundo revelação feita pelo empresário em entrevista à rádio Globo na última segunda-feira. Com o Villarreal, o São Paulo já encaminhou o acordo, faltando apenas apresentar as garantias bancárias. No entanto, para dar prosseguimento a essa parte, o Tricolor quer primeiro bater o martelo com o jogador.
E é aí que mora o problema. Orlando da Hora deixou claro que gostaria que seu cliente seguisse na Europa e afirma ter nas mãos duas propostas oficiais. Nesse caso, o negócio teria de ser feito até a próxima terça-feira, dia 31, quando se encerra a janela de transferências. O que pesa a favor do São Paulo é a família de Nilmar, simpática ao clube e à ideia de ele retornar ao Brasil.
Em um rápido contato, o diretor de futebol, Adalberto Baptista, não quis dar nenhum detalhe sobre o desfecho da reunião. Apenas afirmou que irá para Presidente Prudente nesta quarta-feira para acompanhar a partida contra o Oeste de Itápolis.