Era preciso um pouco de paciência, disseram todas depois do tropeço na estreia. Ainda mais contra o Japão, conhecido por defesas quase impossíveis. Pois o Brasil soube esperar. Nesta quarta-feira, no ginásio José Corrêa, em Barueri, o time não foi perfeito, mas foi eficiente. Em 3 sets a 1, parciais 22/25, 25/18, 25/23 e 25/11, bateu a equipe asiática e chegou à primeira vitória na Liga das Nações. Ainda nesta quarta, Alemanha e Sérvia se enfrentam pela outra partida da chave 4.
Depois de um jogo muito ruim no dia anterior, o Brasil evoluiu nesta quarta. Com Adenízia e Amanda de titulares, a equipe mostrou um desempenho mais consistente contra as japonesas. Apesar de alguns erros ainda primários, soube se impor diante das rivais asiáticas – estas, sim, bem aquém do que todos estão acostumados a ver.
Atenção desde o começo
Foi um começo mais ligado. Diante de um rival complicado, o Brasil tentou se manter atento desde o início. Zé mandou o time à quadra com mudanças: Adenízia no lugar de Carol; Amanda na vaga de Drussyla. A seleção tentou se firmar contra as japonesas desde o princípio e não demorou a abrir três pontos de vantage. Aos poucos, porém, as asiáticas equilibraram o jogo. Passaram à frente pela primeira vez depois de erro de Roberta, com uma largadinha na rede: 18/17. Zé Roberto pediu tempo. Nada, porém, fez o Brasil voltar à dianteira. No fim, 25/22 para as visitantes.
Na volta à quadra, Zé tirou Gabi mais uma vez, na tentative de preserver a jogadora. Deu lugar a Drussyla, que começou bem. Assim como na etapa inicial, o Brasil largou na frente e abriu três pontos (9/6). Mas, ao contrário da parcial anterior, a seleção não deu brechas para que as rivais encostassem. Abriu seis pontos (17/11) e não deixou mais dianteira. No bloqueio de Bia, fechou a contagem: 25/18.
Japão voltou a incomodar no início do terceiro set. Ao abrir 3/1, causou problemas para o setor defensivo do Brasil. Sarina Koga era quem mais dava trabalho. A seleção foi buscar e chegou à virada com Tandara: primeiro, em uma pancada; depois, com um ace (8 /7). O equilíbrio foi mantido até a reta final da parcial. Roberta, em ace, desempatou o jogo quando estava 20/20. O Japão ainda pressionou no fim, mas Adenízia fechou a conta: 25/23 e vantagem para as brasileiras na partida.
No set final, o Brasil quis resolver o jogo na marra. Logo de início, disparou no placar e abriu 10/3. Japão até tentou reagir. Não conseguiu. A distância ficou cada vez maior, e Zé Roberto ainda se permitiu a um teste. Jaqueline, em sua estreia como líbero na seleção, entrou com o placar em 22/10. Pouco tocou na bola, mas fez a alegria da torcida em Barueri. No fim, Amanda fechou a conta: 25/11.