A CBF cumpriu decisão judicial solicitada por um grupo LGBTQIA+, que pediu que a entidade explicasse o motivo de não ter um camisa 24, mesmo contando com 24 jogadores em numeração ordinal, do 1 ao 23, pulando o 24, e com o meia Douglas Luiz usando a 25. A CBF afirmou que a decisão foi por opção tática e de escolha pessoal do jogador.
"(A decisão foi tomada) em razão de sua posição (meio campo) e por mera liberalidade optou-se pelo número 25", disse, em trecho da resposta enviada à Justiça."Como poderia ter sido 24, 26, 27 ou 28, a depender da posição desportiva do jogador convocado: em regra, numeração mais baixa para os defensores, mediana para volantes e meio campo, e mais alta para os atacantes ", completou.
A resposta diz ainda que a CBF convocou 23 jogadores inicialmente, cumprindo as restrições sanitárias por causa da covid-19, e que o jogador foi convocado posteriormente.
"Como a CBF vem cumprindo rigorosamente os protocolos sanitários e não apresentou casos de contaminação, a Comissão Técnica sentiu-se confortável em convocar apenas mais um jogador, além dos 23 (vinte e três) inicialmente inscritos", concluiu.
A ação foi apresentada pela ONG Grupo Arco Íris de Cidadania LGBT, que fez questionamentos a serem respondidos. A coletivo LGBTQIA+ apontou o preconceito com o número 24 causado pela associação ao animal veado no jogo do bicho como um possível motivo.
"O fato da numeração da seleção brasileira pular o número 24, considerando a conotação histórico cultural que envolta esse número de associação aos gays, deve ser entendido como uma clara ofensa a comunidade LGBTI+ e como uma atitude homofóbica", diz o grupo na petição.