Quem diria que, em menos de seis meses, o autor do gol do título do Campeonato Brasileiro seria tão mal visto no Fluminense. Emerson se reapresentou nesta segunda-feira ao clube depois de seguidos atos de indisciplina - no último deles teria cantado "Bonde do Mengão sem freio" dentro do ônibus da delegação - e, afastado desde a última quarta-feira, vai treinar à parte em horários diferentes aos do restante do grupo até que sua situação seja definida pela diretoria.
Segunda à noite, o assessor especial da presidência e que também tem acumulado função semelhante no futebol, Mário Bittencourt, se reuniu com o empresário de Emerson, Reinaldo Pitta, para, enfim, chegar a um acordo. Se a vontade do clube tricolor é rescindir o contrato sem pagar multa rescisória, o jogador, com vínculo até junho de 2012, não abre mão de receber a quantia, considerada alta nos bastidores do Fluminense.
Como o presidente da Unimed, Celso Barros, não concorda com a saída de Emerson e já afirmou que não irá arcar com o prejuízo, a diretoria do Fluminense também trabalha com a possibilidade de emprestar o atacante para outro clube. Com isso, resolveria o problema do alto valor do salário do atleta, estimado em R$ 350 mil por mês.
Diante de tantos problemas causados por Emerson, as chances de ele voltar a vestir a camisa do Fluminense são muito pequenas. Grêmio, Santos, a pedido de Muricy Ramalho, e Flamengo já teriam sondado o jogador, que só se manifestará publicamente sobre o caso quando, enfim, tiver uma definição.
Sem clima com a diretoria, a comissão técnica, os jogadores e a torcida do Fluminense, Emerson, que há seis meses entrou para história do clube, já está descartado da partida entre Fluminense e Libertad, do Paraguai, quinta-feira, no Engenhão.