Após levar três medalhas de ouro, César Cielo quer férias

A temporada de 2011 foi das mais difíceis para o brasileiro

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Cesar Cielo tem mais 100 metros dentro da água. Depois, férias. E o recordista mundial não podia estar mais ansioso para a parada. A temporada de 2011 foi das mais difíceis para o brasileiro. Ele encarou seletivas, julgamento por doping, Mundial e Pan-Americano em um espaço de seis meses.

?O que eu quero é ter saudade da piscina. Não quero nem pensar em treinar pelo menos até o meio de novembro. Depois, volto a treinar. Mas quero passar a fazer os treinos legais. Quero me divertir. Pelo menos até dezembro, só para não fazer feio no Open (torneio que fecha o ano da natação brasileira, em dezembro). Depois do fim do ano, aí vem a hora da verdade?, disse o brasileiro.

O desgaste, além de físico, é também psicológico. Cielo entrou na temporada sob pressão, após não ter rendido o que esperava em sua principal competição do ano passado, o Pan-Pacífico. Nos EUA, ele foi prata nos 50 m livre e bronze nos 100 m livre. Para completar, na última seletiva nacional para o Mundial de Xangai ele foi flagrado no antidoping.

A polêmica durou todo o mês de julho e Cielo foi liberado para competir na China só na semana do evento. Na água, porém, ele mostrou que segue sendo um dos melhores do mundo. Mesmo com o stress do julgamento, ele foi ouro nos 50 m livre, com o melhor tempo do ano (21s52) ? nos 100 m livre, acabou em quarto.

Logo depois do Mundial, quando seus rivais entraram em férias, o brasileiro teve de reiniciar os treinamentos. O objetivo, dessa vez, era o Pan. E ele conseguiu o que poucos acreditavam. Venceu os 100 m livre com a segunda melhor marca do ano ? seus 47s84 só ficaram atrás do australiano James Magnussen, atual campeão Mundial com 47s49. E nos 50 m livre, seus 21s58 só ficaram atrás de seus próprios 21s52 do Mundial da China.

?Esses eram os nossos objetivos. Eu e o Albertinho (Alberto Silva, seu técnico) falamos em nadar abaixo de 21s5 hoje [quinta-feira], mas acho que a altitude pesou um pouco. Mas o importante é que estou mantendo o ritmo. Além disso, estamos buscando o melhor equilíbrio entre resistência e potência. Nadei o Mundial com 83 kg e fiz 21s52. Nadei aqui com 88 kg e fiz 21s58. Com 89 kg, fiz o Paris Open para 21s66. É um detalhe que vamos resolver?, completou.

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