Após caso de mordida na copa, Suárez desabafa: “me trataram pior que um criminoso”

O uruguaio, que também foi punido com nove partidas de suspensão na sua seleção nacional.

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As sanções que sofreu da Fifa após dar uma mordida no zagueiro Giorgio Chielli, da Itália, durante a Copa 2014, serviram para Luis Suárez escrever um livro. Na sua autobiografia, chamada “Mi vida, Luis Suárez”, o atacante revela como foi a negociação com o Barcelona e os momentos de “clausura” que viveu durante os quatro meses que não pode jogar oficialmente em qualquer clube ou na seleção.

O uruguaio, que também foi punido com nove partidas de suspensão na sua seleção nacional, revelou que se sentiu pior que um criminoso por causa da maneira como foi tratado. O jornal espanhol “Sport” obteve partes do livro e contou alguns dos pensamentos tristes do atleta. As críticas deixaram Suárez para baixo. Se não fosse a sua família, principalmente a esposa, Sophia, ele não teria conseguido se reerguer, segundo suas palavras na autobiografia.

– Arrisquei minha carreira para defender o Uruguai, após me recuperar rapidamente de uma lesão. Quando o treinador (Oscar Tabarez) veio me comunicar da decisão da Fifa, me senti como um criminoso. Me trataram pior que um criminoso depois – contou no livro. – Quando saí da concentração, a única razão pela qual chorei foi porque o treinador estava me esperando. Eu cometi um erro. A culpa foi minha. Foi a terceira vez que que fiz isso e precisava de ajuda.

O jogador relembra a primeira vez que vestiu a camisa do Barcelona, no Torneio Joan Gamper, no dia 18 de agosto deste ano. Na obra, ele cita que se sentiu como se fosse um prisioneiro e que o técnico Luis Enrique citou, num discurso da preleção, antes da partida, que ele havia “sido libertado de Guantánamo”, famoso presídio militar dos Estados Unidos.

– Eu me sentia como um convidado ou como se tivesse ganhado um concurso. Na preleção, ele (técnico) disse: 'Bem, eles finalmente o tiraram para fora de Guantánamo para se juntar a nós nos treinamentos'. Todos aplaudiram o prisioneiro libertado e eu tentei não ficar vermelho por ser o centro das atenções – contou.

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