Apesar de crise, Patrícia Amorim nega fim dos esportes olímpicos no Flamengo

Marcio confirmou durante a apresentação de Sebastião Pedrazzi que fará cortes no setor

Crise no Flamengo | Globo Esporte
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A crise que rodeia os esportes olímpicos do Flamengo tem deixado um clima tenso entre os atletas. Patrícia Amorim, responsável direta pelo setor, tenta não alardear os cortes divulgados pela presidência. Mantendo uma postura cautelosa, ela segue com esperanças de que o momento é passageiro e se apega ao que ouviu de seu superior, o presidente Marcio Braga.

- Tive uma conversa com ele logo após a reunião de posse do novo vice de finanças. Confesso que fiquei animada. Depois chegaram essas informações de que os ginastas estavam sem clubes, que os esportes olímpicos no Flamengo tinham acabado. Não foi isso o que o presidente disse na reunião, não foi o que ele me falou. Estou confiando na palavra dele - contou ela, na noite de quinta-feira, antes de deixar a sede da Gávea.

Marcio confirmou durante a apresentação de Sebastião Pedrazzi que fará cortes no setor. No entanto, garantiu que o Rubro-Negro continuará sendo um clube poliesportivo. O vice-presidente do Flamengo, Delair Dumbrosck, foi mais pessimista quanto ao futuro dos esportes olímpicos. Segundo ele, não há dinheiro para manter os irmãos Hypolito, Jade ou qualquer outro atleta, exceto os do remo e basquete - o primeiro é uma obrigação assegurada pelo estatuto do clube, e o segundo tem patrocinador.

- Continuo com o discurso do presidente, que o Flamengo é um clube poliesportivo e que a situação dos atletas está sendo resolvida - reforçou Patrícia, lembrando a criação do Conselho Nacional de Clubes Formadores de Atletas Olímpicos (união entre Flamengo, Fluminense, Vasco, Corinthians, Grêmio Náutico União, Minas, Pinheiros e Sogipa que tem como objetivo adquirir as verbas da Lei Agnelo/Piva, que atualmente destina ao Comitê Olímpico Brasileiro 2% da arrecadação de loterias federais).

A renovação de contratos está suspensa no Flamengo. Até a divulgação do orçamento, os atletas dependem da captação de novos recursos para continuarem no clube. A solução imediata adotada pela dirigente é que cada modalidade consiga patrocínio próprio, já que um novo acordo com a Petrobras permite o investimento de outras empresas nos esportes olímpicos do Flamengo.

- Estou trabalhando, indo nas empresas. Tive duas reuniões (na quinta-feira) para buscar patrocínios. Além disso, tenho três propostas prontas para quando o orçamento do clube sair. A ideia é reajustar os valores para tentar manter todos os esportes.

Os que mais têm sofrido com os últimos capítulos da crise no Rubro-Negro são os atletas da ginástica. Eles tentam se mostrar esperançosos, mas ficou difícil disfarçar o nervosismo mediante o caos que se instalou na Gávea com as recentes declarações dos dirigentes. O bicampeão mundial Diego Hypolito chegou a expor uma ideia para atenuar os problemas financeiros do clube e arrecadar dinheiro: lançar um boneco com seu nome. Patrícia Amorim não esconde sua solidariedade para com os atletas.

- Está todo mundo buscando soluções para se manter no Flamengo.

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