Uma das últimas novelas de Anderson Silva com o UFC foi sua renovação de contrato. Demorou alguns meses para tudo ser acertado e ele assinar um longo compromisso de dez novas lutas, um recorde no evento. Mas apenas agora, antes de seu combate contra Chris Weidman, neste sábado, descobrimos que essa demora deu resultado.
A Comissão Atlética do Estado de Nevada divulgou os salários dos lutadores que estarão no octógono nesta noite no UFC 162, em Las Vegas. De acordo com a entidade, o campeão dos médios vai ganhar de bolsa, apenas para pisar no ringue, US$ 600 mil e, se vencer, mais um bônus de US$ 200 mil. Ou seja, sem contar o percentual de venda de pay-per-view que não entra nessa conta, o brasileiro pode sair com R$ 1,8 milhão de salário.
Essa valor é nada menos que quatro vezes mais do que ele vinha recebendo de bolsa em suas últimas lutas. Para enfrentar Chael Sonnen no ano passado, seu salário foi de apenas US$ 200 mil, sem direito a premiação em caso de vitória, que acabou acontecendo.
O que deixa ainda mais impressionante esse valor é quanto Chris Weidman vai receber. Com apenas cinco lutas no UFC e apenas em seu primeiro ou, no máximo, segundo contrato, o salário do desafiante será de US$ 24 mil e mais US$ 24 mil de bônus se sair vencedor. Ou seja, o salário máximo do americano é apenas 6% (!!!) da bolsa máxima do brasileiro.
Esse novo salário de Anderson pode representar um novo momento dos pagamentos do UFC. Claro que ainda está muito longo das dezenas de milhões de dólares do boxe, mas já é um novo e grande patamar para o Ultimate. Até aqui, os campeões e grandes nomes ganhavam no máximo de US$ 400 mil, sem bônus de luta, nocaute ou finalização da noite.
Outro ponto interessante é ver a diferença de status e de patamar salarial entre o campeão e o desafiante. Desde que a luta foi confirmada, venho falando de o quanto o UFC forçou a barra para colocar Chris Weidman como um rival do nível de Anderson Silva. Mas esses salários deixa ainda mais claro a discrepância entre os adversários desta noite.