Nesta segunda-feira, o advogado de Kléber vai apresentar ao atleta as alternativas que o atacante terá, caso seja afastado pelo Palmeiras. Até agora, isto não aconteceu. Mas se ele tiver o contrato rompido, vai atrás da multa de cerca de R$ 140 milhões.
O presidente do clube, Arnaldo Tirone, tenta uma saída conciliatória.
De um lado, Luiz Felipe Scolari precisa voltar atrás na decisão de não contar mais com o jogador. Kléber terá que conversar com o treinador e ?fazer as pazes?. Na última quinta-feira, durante um jantar em São Paulo, Tirone e o empresário Gioseppe Dioguardi conversaram sobre a situação.
O representante de Kléber quer uma definição para saber se vai atrás de outra equipe e se vai orientar o atacante para que entre na justiça contra o Palmeiras. Há a possibilidade do atleta entrar com ação por danos morais e materiais, porque entende que não há um motivo claro para que seja punido.
Para Kléber, tudo o que ele fez foi defender o volante João Vítor. Ele continua achando que Felipão ?entrega? os atletas à fúria da torcida. E que a diretoria do clube não sai em defesa deles.
Afinal, o estilo de Tirone é reservado. Ele espera a poeira assentar para conseguir o que quer. Foi assim com Valdívia, quando o chileno andou em rota de colisão com o técnico e com o diretor de futebol Roberto Frizzo.
Neste domingo, os personagens da mais recente crise palmeirense estavam longe do gramado do Canindé, onde o time foi derrotado pelo Fluminense por 2 a 1. Scolari estava em Portugal participando do casamento de um filho. Kléber acompanhou a partida pela televisão, em seu apartamento num condomínio em Osasco, na grande São Paulo. Onde, há duas semanas, um grupo de torcedores protestou contra ele.