A passagem de Adriano pelo Corinthians chegou ao fim na última segunda-feira, quando por telefone a diretoria avisou o empresário do jogador que o contrato, válido até o fim de junho, seria rescindido. No total, o Imperador ficou pouco mais de 11 meses no clube e faturou em salários cerca de R$ 4,2 milhões.
Como o atacante esteve em campo durante aproximadamente 350 minutos, distribuídos em oito partidas, um cálculo simples mostra que cada minuto custou, simbolicamente, R$ 12 mil aos cofres alvinegros.
E o pior é que ainda falta pagar mais quatro salários ao polêmico centroavante, referente aos meses de março, abril, maio e junho, num total que ultrapassa R$ 1,5 milhão.
A cúpula alvinegra, que evitou ao máximo a rescisão justamente para não ter de desembolsar esse valor, espera convencer Adriano e seu empresário a aceitarem uma redução. Segundo Blog do Perrone, o argumento é que o Timão pode ameaçá-lo de justa causa, pelas faltas cometidas, e negociar uma quantia menor pela quebra do vínculo.
?Ele não sai sem receber nada, vamos acordar em cima do que estamos devendo. Não existe multa, e sim um saldo do resto do contrato. Entregamos ao nosso departamento jurídico, que vai tratar com o empresário dele?, declarou o diretor de futebol Roberto de Andrade, em entrevista à Rádio Globo.
O Imperador assinou contrato no fim de março de 2011, depois de ser demitido da Roma, onde ficou pouco mais de um semestre. A negociação foi intermediada por Ronaldo, amigo do centroavante dos tempos de seleção brasileira, quando formaram a dupla de ataque na Copa do Mundo de 2006.
Como o atleta carioca estava livre no mercado, o Corinthians não desembolsou nada para adquirir seus direitos econômicos. Os R$ 12 mil por minuto, citados acima, não incluem luvas e premiações referentes ao contrato e a participações em jogos.
Em oito partidas (quatro pelo Brasileiro, um amistoso e três pelo Paulista), o ex-camisa 10 alvinegro balançou as redes duas vezes, ou seja, cada gol custou simbolicamente R$ 2,1 milhões.