Nasser Al-Khelaïfi, presidente do Paris Saint-Germain, está sendo investigado por sequestro e tortura na França. O mandatário do PSG foi denunciado por Tayeb Benabderrahmane, um lobista argelino que alega ter sido preso no Qatar, a mando de Al-Khelaïfi, em 2020. As informações são do jornal francês "L`Equipe".
Ainda de acordo com o periódico, três juízes de instrução do tribunal de Paris foram nomeados, nesta terça-feira, para dar prosseguimento à investigação. O processo foi aberto em janeiro deste ano após a denúncia do argelino.
Benabderrahmane teria ficado preso durante seis meses, sendo torturado durante este tempo, e só teria sido liberado depois de assinar um documento prometendo não divulgar "informações sensíveis" sobre o presidente do PSG. Segundo o "L`Equipe", esses dados sigilosos podem ser referentes à organização da Copa do Mundo no Qatar ou aos direitos televisivos das próximas duas Copas no Oriente Médio.
De acordo com o veículo, os advogados do argelino, Maïtres Romain Ruiz e Gabriel Vejnar, ficaram "muito satisfeitos" com o início da investigação no tribunal de Paris. Os profissionais estariam expondo a situação há meses e culpavam a Justiça francesa pela lentidão do processo.
Quando o "L`Equipe" publicou a informação sobre a denúncia de Al-Khelaïfi pela primeira vez, o presidente do clube francês negou prontamente a acusação em entrevista ao jornal.
- Você está falando de criminosos profissionais. Eles mudaram de advogado mais vezes do que mudaram suas histórias e suas mentiras. É o auge da manipulação da mídia. Espanta-me que tantas pessoas tenham dado credibilidade às suas mentiras e contradições, mas esse é o mundo da mídia hoje. A justiça seguirá seu curso, não tenho tempo para falar de pequenos criminosos profissionais - disse o mandatário na época.