Em 24 horas o provável destino de Felipe Massa ao sair do Hospital Militar em Budapeste passou do Hospital Pitié-Salpêtrière, em Paris, para o conforto da sua casa. A transferência para a clínica francesa, onde o médico Gérard Saillant (que cuidou das lesões do atacante Ronaldo e do piloto Michael Schumacher, e é presidente da comissão médica da Federação Internacional de Automobilismo) fora uma sugestão de Jean Todt, ex-chefe da Ferrari e pai de Nicolas, empresário do piloto brasileiro. Assim a família de Massa, especialmente sua mulher, grávida de cinco meses, poderia ficar na casa de Todt em vez de quartos de hotéis.
Mas a melhora considerável do brasileiro nesta segunda, 27, já fez Dino Altmann, que é o diretor médico do Grande Prêmio Brasil e está em Budapeste a pedido da família do piloto, enxergar a volta para casa em um horizonte mais próximo:
- A recuperação dele está dentro das expectativas ou até acima das expectativas. A gente diria que ele está numa condição de trauma leve hoje. E nada indica que ele possa ter qualquer problema na reabilitação dele. O tempo depende um pouco de dados subjetivos da equipe médica que está cuidando. Fica uma situação um pouco delicada para a gente falar alguma coisa mas eu acredito que dentro de uma semana ele poderá ir para casa tranquilamente - provavelmente se referindo ao principado de Mônaco, onde o brasileiro tem residência.
O prazo coincide com a resposta dada pelo diretor médico do Hospital Militar, Peter Bazso, quando perguntado quanto tempo seria necessário para saber se Felipe Massa poderia ter sequelas mais sérias do acidente:
- Não há previsões genéricas, mas acredito que cerca de uma semana ou dez dias.
De qualquer maneria, a transferência para Paris parece mesmo ter ficado em um segundo plano, de acordo com Altmann:
- Queremos ir passo a passo. A família está muito feliz com o tratamento que Felipe está recebendo aqui, não estamos pensando em transferência por enquanto.