A coletiva de Dunga antes do treino da Seleção Brasileira no Estádio Municipal de Concepción ocorria com o mesmo roteiro das anteriores: mistério sobre a equipe, previsão de dificuldades diante do adversário e até mesmo avaliação de características sobre um determinado jogador. No entanto, uma pergunta fez o treinador fazer uma analogia equivocada, o que gerou muita polêmica entre os jornalistas.
Questionado sobre a pressão entre a sua geração, que tinha o jejum de 40 anos sem ganhar a Copa América e 20 sem levar uma Copa do Mundo, com a atual, Dunga se colocou como "afrodescentente" e acabou soltando a seguinte declaração:
- Nosso grupo era burro e tinha sorte, enquanto os outros eram bons, mas tinham azar. Eu até acho que eu sou afrodescendente de tanto que apanhei e gosto de apanhar. Os caras olham pra mim: vamos bater nesse aí, e começam a me bater, sem noção, sem nada, não gosto dele, começam a me bater - disse.
Quando perguntando sobre como foi a conversa com Neymar antes da despedida do craque, que já está curtindo férias no Brasil, o treinador não entrou em muitos detalhes. E foi seco para explicar a saída do capitão.
- Foi normal. Sentamos todos e conversamos na linha do que era melhor para a Seleção Brasileira. Esse é um capítulo a parte que ficou para trás. O foco agora é na partida contra o Paraguai - afirmou.