O técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, passou por julgamento nesta terça-feira (27) e recebeu punição de suspensão por um jogo pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). A decisão ocorreu devido ao episódio em que ele tomou o celular de um jornalista durante uma confusão após o empate do Verdão por 1 a 1 com o Atlético-MG, na oitava rodada do Campeonato Brasileiro.
Abel ainda foi absolvido da obrigação de pagar uma multa e ainda tem a opção de recorrer da decisão. O técnico enfrentou julgamento devido à sua infração ao ser enquadrado no artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata de "assumir qualquer conduta contrária à disciplina e à ética desportiva".
Como resultado da punição, Abel Ferreira não poderá comandar o Palmeiras durante a partida contra o Athletico-PR, no domingo, às 16h (horário de Brasília), na Ligga Arena. Essa suspensão será cumprida no âmbito do Campeonato Brasileiro, especificamente na 13ª rodada da competição.
Relembre o caso
Durante uma discussão entre o diretor de futebol do Palmeiras, Anderson Barros, e o quarto árbitro Ronei Cândido Alves, o treinador do time tomou o celular das mãos do jornalista Pedro Spinelli, da Globo Minas, que estava filmando o ocorrido. A gravação ocorreu na zona mista do Mineirão, que é o espaço designado para as entrevistas pós-jogo.
Nas imagens capturadas por Pedro Spinelli, é possível observar a discussão entre Barros e Alves. Abel, em seguida, se aproxima da grade que os separava e, dirigindo-se ao produtor, toma o celular, interrompendo assim a gravação. Abel só devolve o aparelho ao perceber que está sendo filmado por outro jornalista, da Rádio Itatiaia. Em meio à discussão, o técnico dirige-se ao jornalista e expressa:
“O futebol brasileiro está assim por vossa responsabilidade.”
Posteriormente, o técnico se encaminha para os vestiários acompanhado por um segurança do clube. Durante a entrevista coletiva, Abel Ferreira abordou o incidente ocorrido e expressou suas desculpas:
“Fazer um esclarecimento, uma vez que todo mundo aqui gosta de transformar um copo d'água em uma tempestade. Passou-se aqui uma discussão, uma confusão ali no túnel, entre nosso diretor esportivo e um dos assistentes da arbitragem. E tinha ali, não sei se repórteres, a filmarem tudo. Eu peço desculpas se me excedi. São coisas do futebol, isso é muito nosso, mas infelizmente hoje todos têm câmeras. Peço desculpas se me excedi. Há coisas que a imprensa não tem que saber. Mas antes que vire uma tempestade, são coisas que se passam, então essa introdução, esclarecimento”, disse.