A brasileira Silvana Lima carimbou nesta segunda-feira o passaporte para a estreia do surfe nos Jogos Olímpicos. Apesar da eliminação nas oitavas de final da etapa de Maui, no Havaí, do Circuito Mundial, ela estará em Tóquio-2020, ao lado da gaúcha Tatiana Weston-Webb. A vaga pelo ranking da Liga Mundial de Surfe (WSL) foi confirmada quando a neozelandesa Paige Hareb perdeu nas oitavas. Informações do site Terra
O início da última etapa do Mundial para as mulheres vinha sendo adiado desde segunda-feira passada, mas começou com altas ondas no domingo em Honolua Bay. Silvana acabou eliminada na última bateria do dia pela heptacampeã mundial Stephanie Gilmore e não conseguiu garantir sua permanência na elite para o CT 2020, mas a vaga na Olimpíada do Japão já estava confirmada.
- O sonho se tornou realidade, então vamos com tudo Brasil. Isso é realmente especial para mim e confesso que nunca imaginei que isso fosse acontecer, de poder representar meu país numa Olimpíada e surfando, que é o meu esporte. Eu sempre pensava em um dia disputar os Jogos Olímpicos e, agora, esse sonho se tornou realidade. Estou muito feliz em poder ter a chance de fazer isso pelo meu país, pela minha família, meus patrocinadores - disse Silvana.
A cearense tinha passado por um duro teste em sua primeira atuação nas grandes ondas do domingo em Honolua Bay. Ela entrou no segundo confronto do dia, com a vice-líder do ranking, Lakey Peterson, e a bicampeã mundial Tyler Wright, que ficou a temporada toda se recuperando de uma virose e participava da sua primeira competição no ano. A californiana confirmou o favoritismo, com a vitória por 13,10 pontos. Mas Silvana superou Tyler Wright por 10,40 a 9,64, na briga pela segunda vaga direta para as oitavas de final.
A gaúcha Tatiana Weston-Webb fechou a primeira fase, também se classificando em segundo lugar na bateria que a australiana Bronte Macaulay fez o maior placar do dia até ali, 15,67 pontos. Tyler Wright depois passou pela repescagem, eliminando a costa-ricense Brisa Hennessy, que ocupava a última posição entre as top-10 do ranking, mantidas na elite para o ano que vem. Silvana estava em 12º lugar e tinha chance de entrar na lista, mas precisava chegar nas quartas de final, ou seja, passar por Stephanie Gilmore.