Um futebol que conquistou as duas primeiras Copas do Mundo e era um dos maiores vencedores da Copa América voltou a conquistar o continente. Com uma campanha sólida, o Uruguai superou a eficiente retranca do Paraguai, venceu por 3 a 0 e, neste domingo, no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, conquistou seu 15º título do principal torneio da América do Sul.
Com a conquista, que não acontecia havia 16 anos, o Uruguai se isolou como o maior vencedor da Copa América, com 15 títulos. A Argentina, que foi derrotada pelos uruguaios nas quartas de final, permanece com 14. Já o Brasil, que também se despediu do torneio no primeiro jogo do mata-mata, tem oito troféus.
Se o título mostra o renascimento do futebol uruguaio, que na última Copa do Mundo terminou na quarta colocação e, neste ano, viu o Peñarol fazer a final da Copa Libertadores com o Santos, essa conquista também simboliza uma das grandes gerações do Uruguai, com destaque para o zagueiro e capitão Diego Lugano e o atacante Diego Forlán.
O Uruguai, no entanto, não se resumiu a essas duas figuras. A equipe celeste aposta suas fichas no temperamental e letal atacante Luis Suárez, que abriu o placar na decisão deste domingo e marcou quatro gols na Copa América, no jovem zagueiro Coates, além do meio-campista Cavani.
Mesmo com todos esses elementos, o Uruguai demorou até convencer. Na primeira fase, o time empatou com Peru e Chile (ambos por 1 a 1) e, só na terceira rodada, venceu o México. Diante disso, os uruguaios acabaram caindo no caminho da Argentina logo nas quartas de final. Mesmo assim, a equipe conseguiu derrotar os donos da casa nos pênaltis. Na semifinal, novamente contra os peruanos, uma vitória por 2 a 0 e o passaporte para a grande decisão.
O histórico do Uruguai é bem diferente do Paraguai, que chegou à final sem vencer nenhum jogo. Depois de empates contra Equador, Brasil e Venezuela na primeira fase, os paraguaios conseguiram avançar de fase após baterem brasileiros e venezuelanos nos pênaltis, fato que consagrou o goleiro Justo Villar.
Neste domingo, no entanto, a estrela do goleiro paraguaio não foi suficiente para estragar a coroação dos uruguaios. Mesmo com um pênalti não marcado pelo brasileiro Sálvio Spinola, a equipe celeste não se abalou e, com Luis Suárez e Diego Forlán, abriu uma boa vantagem no primeiro tempo.
Atrás do marcador, o Paraguai teve de rever sua postura e passou a pressionar o Uruguai no segundo tempo. Porém, mesmo com mais volume de jogo, os paraguaios mostraram ineficiência na hora da conclusão e não conseguiram descontar. No fim, um contra-ataque rápido deixou a bola para Forlán, que deu números finais ao jogo e garantiu o título aos uruguaios.