O TCU (Tribunal de Contas da União) apontou uma série de irregularidades na licitação das obras do Maracaná para a Copa do Mundo de 2014. A principal delas é que a falta de projetos de engenharia impede de saber o verdadeiro custo da obra
Parte do valor gasto com as obras será pago pelo governo do Rio de Janeiro (R$ 305,5 milhões). O restante, cerca de R$ 400 milhões, será concedido pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A obra deve ficar pronta até junho de 2013, quando o estádio deve receber os jogos da Copa das Confederações.
O TCU comparou as propostas de reforma do Maracanã com o Mineirão, em Belo Horizonte. Enquanto para o estádio carioca foram apresentadas apenas 37 plantas sobre as intervenções necessárias para a reforma, em Minas foram desenvolvidos 1.309 projetos.
- Como não há projetos de engenharia suficientes para caracterizar os serviços contratados, a planilha beira a mera peça de ficção.
Segundo o TCU, o BNDES deveria liberar apenas 20% dos recursos, até que o governo do Estado do Rio de Janeiro apresente o projeto executivo com todas as obras detalhadas. Assim, o Maracanã só receberia, em um primeiro momento, R$ 80 milhões dos R$ 400 milhões já aprovados.
O governo do Estado não vê irregularidades e informa que o projeto executivo foi contratado junto com a obra e estará pronto em 15 de abril. Segundo o governo, o TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Rio de Janeiro aprovou o edital de licitação e o projeto básico. Como não houve questionamento dos 20 licitantes que participaram do projeto, a licitação é considerada apta pelo governo estadual.