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Justiça dos EUA nega liberdade condicional aos irmãos Menendez

De acordo com o Departamento de Correções e Reabilitação da Califórnia, os comissários concluíram que Lyle ainda representa risco à sociedade

Erik e Lyle na época do crime | Foto: Reprodução

A Justiça da Califórnia negou, nesta semana, os pedidos de liberdade condicional de Lyle e Erik Menendez, condenados pelo assassinato dos pais, José e Kitty Menendez, em 1989, em Beverly Hills.

A DECISÃO

Lyle, de 57 anos, teve sua solicitação rejeitada na sexta-feira (22), após uma audiência de 11 horas conduzida por videoconferência. Na véspera, o irmão mais novo, Erik, 54, também recebeu a negativa após uma sessão semelhante, de 10 horas. Ambos poderão solicitar novamente a revisão de seus casos em três anos.

De acordo com o Departamento de Correções e Reabilitação da Califórnia, os comissários concluíram que Lyle ainda representa risco à sociedade. Julie Garland, integrante da junta de liberdade condicional, afirmou que a decisão “não é o fim”, mas reforçou que ele não conseguiu demonstrar mudança suficiente para garantir a soltura.

Erik e Lyle - Reprodução/Departamento de prisões da Califórnia via AP/Arquivo

Durante a audiência, Lyle declarou: “Minha mãe e meu pai não tinham que morrer naquele dia. A decisão de matar meus pais foi exclusivamente minha e não do meu irmãozinho. Sinto muito por todos, e lamentarei para sempre.”

Os irmãos foram condenados em 1996 à prisão perpétua pelo crime cometido em 1989. Segundo a acusação, eles atiraram contra o pai cinco vezes e mataram a mãe com um disparo enquanto ela tentava fugir. Inicialmente, os dois atribuíram o crime à máfia, mas Erik acabou confessando os homicídios em sessão com um terapeuta.

Erik durante audiência - Foto: Departamento de Prisões da Califórnia 

A defesa, por outro lado, alegou que o crime ocorreu após anos de abuso físico, emocional e sexual dentro da família.

O caso ganhou repercussão internacional e se tornou um dos julgamentos mais acompanhados da década de 1990 nos Estados Unidos. A história voltou aos holofotes com produções audiovisuais, incluindo a série da Netflix “Monstros: A História de Lyle e Erik Menéndez”.

Lyle durante audiência - Foto: Departamento de prisões da Califórnia

Em maio deste ano, os irmãos obtiveram uma revisão judicial que alterou a pena de prisão perpétua sem possibilidade de redução para 50 anos, o que lhes permitiu solicitar a liberdade condicional pela primeira vez. No entanto, além da gravidade do crime, o painel destacou violações disciplinares recentes, como uso indevido de celulares, e relatórios psicológicos que apontam traços de manipulação e resistência em assumir as consequências dos atos.

Apesar da negativa, ambos poderão recorrer novamente em 2028.

Erik e Lyle na época do crime - Foto: Reprodução

*** As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.
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