A tecnologia de transformação de cinzas humanas em diamantes é baseada na possibilidade de recriar, em laboratório, o processo natural de formação de pedras preciosas. A ideia ganhou atenção quando celebridades, como Preta Gil, manifestaram interesse em ter parte de suas cinzas convertidas em diamantes após a morte.
Etapa 1: isolamento do carbono
O primeiro passo é extrair o carbono presente nas cinzas. Para isso, a amostra é submetida a queimadas sucessivas que eliminam enxofre, potássio e outros compostos orgânicos. O resultado é um pó rico em carbono, pronto para as etapas seguintes.
Etapa 2: transformação em grafite
O carbono em pó é transformado em grafite e compactado em uma pastilha. Essa pastilha é colocada dentro de uma cápsula especial que suporta temperaturas extremamente altas, entre 2.000 e 3.000 graus Celsius.
Etapa 3: pressão extrema
Em seguida, a pastilha passa por uma prensa que simula pressões comparáveis ao peso do Monte Everest sobre a ponta de uma agulha. Essa combinação de calor e pressão faz com que os átomos de carbono se reorganizem e formem o diamante bruto. O processo completo dura aproximadamente 60 horas.
Etapa 4: lapidação e personalização
Após a formação do diamante bruto, ele passa por lapidação e polimento. Cada pedra recebe um número de certificação gravado a laser e, se for uma homenagem, o nome da pessoa homenageada, visível apenas com lupa de 40 vezes.
Aplicações e curiosidades
Laboratórios no Brasil e no exterior já oferecem o serviço, permitindo que familiares ou amigos guardem memórias da pessoa falecida de forma simbólica e duradoura. Além de atender desejos pessoais, o processo é um exemplo de tecnologia avançada que reproduz, em poucas horas, fenômenos naturais que levariam milhões de anos para ocorrer.