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Por que bocejamos quando vemos outra pessoa bocejar?

Você já reparou que, quando alguém boceja perto de você, é quase impossível não bocejar também?

Por que bocejamos quando vemos outra pessoa bocejar? | Reprodução

Você já reparou que, quando alguém boceja perto de você, é quase impossível não bocejar também? Às vezes, só de ouvir alguém falando sobre bocejo ou até ler a palavra já dá vontade de abrir a boca. Isso acontece com muita gente — e não é por acaso. O fenômeno, conhecido como “bocejo contagioso”, atinge cerca de 40% a 70% das pessoas, e não é exclusivo dos humanos. Animais como chimpanzés, cachorros e até algumas aves também bocejam por influência dos outros.

Mas o que isso tem a ver com o nosso cérebro? A resposta pode estar nos chamados neurônios-espelho. Eles são responsáveis por nos fazer “sentir” o que o outro está sentindo — como quando vemos alguém emocionado e também ficamos tocados. Esses neurônios se ativam tanto quando realizamos uma ação quanto quando observamos alguém fazendo o mesmo. Ou seja, ao ver outra pessoa bocejar, o cérebro “espelha” o movimento e, sem perceber, você acaba repetindo.

Além disso, pesquisadores acreditam que o bocejo contagioso tem uma função evolutiva. Lá atrás, na pré-história, bocejar em grupo pode ter ajudado a sincronizar os momentos de descanso e vigília. Isso mantinha as tribos mais alertas e organizadas, aumentando as chances de sobrevivência. Então, esse comportamento que hoje parece só uma curiosidade do dia a dia pode ter sido muito útil para a nossa espécie no passado.

Por fim, vale saber que nem todo mundo reage da mesma forma ao bocejo alheio. Crianças pequenas, por exemplo, só começam a “pegar” bocejo por volta dos quatro anos — quando desenvolvem a empatia. E estudos mostram que pessoas com mais sensibilidade emocional tendem a bocejar com mais facilidade. Ou seja, além de ser um reflexo natural, bocejar com os outros pode ser sinal de conexão social. Então, da próxima vez que isso acontecer, saiba: você não está com sono — está apenas sendo humano.

*** As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.
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