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O segredo por trás das orelhas gigantes dos elefantes africanos; descubra!

Os pesquisadores revelaram que o formato avantajado não é apenas uma característica estética, mas um mecanismo essencial para manter o corpo do animal em temperatura ideal

Orelhas gigantes dos elefantes, para que serve? | Foto: Reprodução

Novos estudos revelaram a verdadeira função das enormes orelhas dos elefantes africanos. Segundo os pesquisadores, o tamanho avantajado não serve apenas para reforçar sua aparência imponente, mas desempenha um papel vital na regulação térmica do corpo. As orelhas funcionam como um sistema natural de resfriamento, ajudando os animais a manter a temperatura corporal estável mesmo sob o calor intenso das savanas africanas.

O segredo está na natureza

O elefante africano, conhecido cientificamente como Loxodonta africana, é o maior mamífero terrestre do mundo — e, proporcionalmente, dono das maiores orelhas do reino animal. Esses “leques naturais” chegam a representar 20% da área total do corpo, e a explicação está diretamente ligada à sobrevivência. Elas funcionam como verdadeiros reguladores térmicos, permitindo que o animal enfrente as longas caminhadas sob o sol escaldante da África.

Elefante  — Foto: Reprodução

Esses gigantes percorrem em média 25 quilômetros por dia, podendo ultrapassar os 190 quilômetros em busca de alimento e água. Durante essas jornadas, atravessam diferentes habitats, que vão das florestas e savanas até desertos e regiões áridas, onde as temperaturas podem subir rapidamente. Para lidar com esse calor extremo, a evolução garantiu um sistema de resfriamento natural: as orelhas.

Segundo os pesquisadores, a temperatura corporal ideal desses mamíferos é de 36 °C. É por isso que “as orelhas evoluíram para servir à manutenção da temperatura corporal quando as condições ambientais esquentam”, explica o estudo. Essa adaptação é essencial para evitar o superaquecimento durante longos percursos sob o sol.

Mais que um charme, uma questão de sobrevivência

As orelhas dos elefantes africanos são ricas em vasos sanguíneos localizados em uma fina camada de pele, o que facilita a liberação do calor acumulado. A diferença é notável quando comparada à de animais que vivem em ambientes frios, como o urso polar — cujas orelhas pequenas ajudam a conservar o calor. Estima-se que os elefantes consigam circular cerca de 12 litros de sangue por minuto através das orelhas, favorecendo o resfriamento corporal.

Orelha de Elefante  — Foto: Reprodução

Curiosamente, o elefante africano só perde o “título” de maior orelha proporcional para um pequeno roedor chamado jerboa de orelhas longas. Nativo dos desertos do sul da Mongólia e noroeste da China, esse animalzinho tem orelhas que chegam a ser um terço maiores que sua cabeça — e, assim como os elefantes, também as usa para controlar a temperatura em ambientes áridos.

As orelhas gigantes dos elefantes, portanto, não são exageros da evolução, mas exemplos perfeitos de como o corpo animal se adapta ao ambiente. Muito mais do que um símbolo icônico, elas são um sofisticado sistema biológico que permite a esses gigantes sobreviverem ao calor africano — e, de quebra, continuam fascinando a ciência e o público com sua impressionante eficiência.

*** As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.
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