Xapa Xana: lubrificante à base de maconha ganha adeptas no Brasil

Com o nome de “Xapa Xana”, óleo promete estimular prazer feminino

Lubrificante | Divulgação
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Um lubrificante feito com compostos da Cannabis, a planta da maconha, está fazendo sucesso no país. Trata-se do Xapa Xana, produto uruguaio, desenvolvido pela brasileira Débora Mello. Além da lubrificação, o óleo promete estimular a região e aumentar o prazer feminino. A recomendação é aplicar a mistura, que contém óleo de coco e o tetrahidrocanabinol – o famoso THC.

— Ele é um lubrificante e estimulante. O óleo de coco vai tem a ação lubrificante e o THC traz o benefício estimulante, "orgásmico" e de aumento da sensibilidade. — conta a paulistana Débora Mello, que mora em Montevidéu.

Uma vida sexual ativa e satisfatória é fundamental para a saúde e o bem-estar. Entretanto, isso não é algo simples para muitas mulheres. Uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP) mostrou que 56% das brasileiras têm dificuldade em atingir o orgasmo. Recorrer a esses produtos é uma forma de tentar melhorar essa questão.

Novidade no mercado, lubrificante Xapa Xana ganha adeptas no Brasil. (Foto: Divulgação)

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— Há relatos de diferentes experiências. Desde mulheres que nunca tinham tido um orgasmo antes de usar o Xapa Xana, até histórias de amigas que ficaram com tesão por muitos dias — conta Mello.

O produto acompanha um fanzine com textos e ilustrações que promove o empoderamento sexual feminino, divulga obras de artistas latino-americanas, além de trazer instruções e informações detalhadas de como ser utilizado.

— Muitas mulheres têm dificuldade de ter orgasmo. No fanzine, falamos de empoderamento sexual porque isso envolve questões psicológicas também, não são só físicas. Eu sempre oriento as clientes a lerem o fanzine antes de usar o produto porque não adianta você passar o lubrificante e ter várias travas mentais. Por isso a importância do fanzine e dos textos que ele traz — diz Mello.

A fabricação é totalmente artesanal, mas Mello garante que todos os cuidados de higiene são adotados. São cerca de 2 mil unidades por ano e agora será submetido ao aval da agência sanitária uruguaia e ser industrializar a produção para exportá-lo para outros países.

— Estamos buscando um laboratório parceiro para produzir. Quando isso acontecer, o Xapa xana poderá ser importado nos lugares com legalização da Cannabis e esperamos que possa chegar ao Brasil — diz Mello.

No Brasil, a regulamentação vigente permite a comercialização de produtos derivados de Cannabis para fins medicinais. Eles só podem ser fabricados por indústrias farmacêuticas e vendidos em farmácias e drogarias, mediante prescrição médica e autorização prévia da Agência Nacional de Vigilância Sanitáia (Anvisa). 

A importação também é permitida sob as mesmas regras. Nos demais casos, a importação ou compra pode ser enquadrada nos crimes de porte ou tráfico de drogas.

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