Se pararmos para pensar, na verdade os seres humanos podem fazer sexo quando bem entenderem, não é mesmo? Então, por que será que a maioria das pessoas prefere se dedicar a essa atividade à noite e no escurinho? O site io9 publicou um artigo sobre o que a ciência tem a dizer a respeito dessa curiosa preferência, baseado em alguns estudos que avaliaram a frequência e o horário no qual as pessoas costumam fazer sexo.
Quando?
Segundo um estudo realizado na década de 80, que avaliou o comportamento de 78 casais jovens durante o período de um ano, os pesquisadores identificaram um ritmo constante de atividade durante a semana, com um grande aumento na frequência aos finais de semana. Os cientistas descobriram ainda que a maioria dos encontros ocorria à noite, seguida de um pequeno pico de “esbarrões” matutinos.
Confira o gráfico a seguir:
De acordo com o estudo, fortes componentes sociais ajudam a determinar o momento em que as pessoas escolhem para fazer sexo. Além disso, o fato de que os casais decidam fazer isso conforme as suas rotinas também sugere que a frequência dos encontros pode guardar relação com o ritmo circadiano — o velho “relógio biológico” —, ou seja, que a atividade sexual também pode ser controlada, até certo ponto, pela nossa biologia.
Praticamente todas as funções do corpo humano apresentam variações relacionadas ao ritmo circadiano, portanto não seria absurdo esperar que a vontade de fazer sexo apresente um determinado ritmo também, não é mesmo?
Mas por quê?
Ao contrário da maioria dos mamíferos — e de boa parte das espécies animais —, os humanos (e os primatas, em geral) não dependem da liberação de determinados hormônios para fazer sexo. Assim, embora a variação nos níveis hormonais possa afetar o interesse sexual, a verdade é que os humanos, basicamente, podem fazer sexo quando bem entenderem.
Contudo, convenções sociais e culturais podem ditar quando os encontros devem acontecer. Assim, existem inúmeros fatores que nos motivam a escolher determinados momentos do dia para fazer sexo — assim como locais longe dos olhos dos demais para isso. E mais: essa “escolha” também revela um importante aspecto da natureza humana, ou seja, a habilidade de planejar, adiar e racionalizar sobre uma ação tão impulsiva e instintiva como o sexo.
Dessa forma, segundo os pesquisadores, independente de possíveis variações hormonais ou do que o relógio biológico dita, a preferência por fazer sexo à noite também pode ser traduzida como uma simples questão de conveniência.