A freira Geneviève Jeanningros, de 81 anos, amiga do papa Francisco, quebrou o protocolo ao se aproximar do caixão na Basílica de São Pedro. Pouco depois do corpo do pontífice ser colocado no local, ela foi conduzida até o cordão de proteção, onde permaneceu por alguns minutos em silêncio.
Integrante da fraternidade Irmãzinhas de Jesus, Geneviève lidera um projeto dedicado ao acolhimento de minorias sociais em Roma. Ela vive em um trailer na periferia da capital italiana e, em diversas ocasiões, já levou pessoas atendidas por sua iniciativa para encontros com o papa no Vaticano.
"A religiosa conheceu o Papa há algum tempo; ela escreveu para ele logo depois da eleição, relembrando a história de uma tia missionária na Argentina desapareceu durante a 'Guerra Suja'", conta o Vatican News. "A correspondência nunca parou e Francisco, em uma audiência com artistas de rua, chegou a desejar a ela um feliz aniversário".
Segundo informações da agência do Vaticano, a irmã Geneviève também levou a Roma familiares de um médico norte-americano que faleceu durante a pandemia de Covid-19. O papa os recebeu após o médico ter o funeral católico recusado por ser homossexual.
Quebra de protocolo
Amparada por um segurança, a irmã Geneviève foi conduzida até o cordão de proteção, onde permaneceu por alguns minutos, com uma mochila verde nas costas. Em meio à emoção, levava ocasionalmente as mãos ao rosto, chorando a perda do amigo enquanto observava o pontífice.