O Instagram tem impacto na vida de muitas pessoas. Alguns utilizam a rede social como forma de trabalho, outros preferem usar para acompanhar o ídolo, e tem também a britânica Laurie Jade Woodruff, de 30 anos, que recorreu à ferramenta por ser viciada em sexo.
"O Instagram é um playground cheio de tentações", diz a viciada em sexo ao portal The Sun . Laurie revelou que estava obcecada em ter relações sexuais com estranhos e que as mídias sociais contribuíam para o seu vício piorar. "Esqueça isso de ir a um bar ou se preocupar com aplicativos de namoro, o Instagram me ajudava a ter encontros de graça e em minutos, no conforto de casa", conta.
A mulher relata que já dormiu com mais de 100 homens e, no auge da dependência, chegou a fazer sexo com dois ou três rapazes por semana. Ela confessa que as relações eram uma "solução rápida" para preencher o vazio que sentia.
"Eu me vestia com roupas provocantes, mesmo que eu não gostasse, e colocava as fotos online. Em alguns minutos, eu receberia elogios e mensagens privadas de homens que nunca conheci", relembra. Ela ressalta ainda que a rede social se tornou um meio fácil de atrair atenção.
"Levei anos para perceber o quão prejudicial esse tipo de atenção (baseado puramente na minha aparência) poderia ser", frisa Laurie. Entre as mensagens que recebia, a britânica pontua que algumas eram sutis e discretas, enquanto outras eram bem diretas, com os rapazes "detalhando todas as coisas que gostariam de fazer" com ela.
Laurie destaca que queria viver um relacionamento sério, mas não conseguia se controlar. Por ser alta, ela salientou se sentir mais atraída por rapazes "altos e musculosos". "Se um cara era gostoso, tudo o que eu conseguia pensar era deixá-lo nu. Eu olhava as fotos no feed de um homem e, se ele estivesse em forma, eu o encontraria", diz.
A britânica não era capaz de controlar seus desejos compulsivos por sexo, e a maioria de seus dates duravam apenas uma noite. "Eu precisava de novos homens o tempo todo", conta ela. "Parte do meu vício era correr na direção oposta a qualquer coisa parecida com um compromisso", acrescenta.
Os riscos de ser viciada em sexo
Para a mulher, ser viciada em sexo tem um lado sombrio, uma vez que ficar com estranhos pode ser muito perigoso. "Isso me aterroriza agora, mas eu realmente não examinei [a vida de] ninguém, e às vezes eu ficava com um sujeito sem ter uma ideia de quem ele era. Qualquer coisa poderia ter acontecido. Ainda não consigo acreditar que fiz isso", confessa.
Foi uma "situação assustadora", inclusive, que a ajudou a procurar ajuda para controlar a compulsão sexual. "Em uma noite de sexta-feira, fiquei animada por conhecer um novo cara que eu conversava no Instagram ", inicia.
"Ele me disse que eu era bonita e parecia muito legal. Quando fomos para a cama ele mudou em um piscar de olhos. Ele era muito duro comigo e eu estava assustada", relata ela. "Fiquei pensando: 'Como você pode se deixar chegar aqui?' Quando o sexo acabou, eu saí de lá muito rápido. Foi o alerta que eu precisava", destaca Laurie Jade Woodruff .
A partir daquele momento, a britânica fez uma análise da sua vida e decidiu que não gostaria de continuar cedendo ao vício. Com o auxílio do ex-namorado, Ian, ela recorreu a um site para viciados em sexo e fez um teste de autodiagnostico.
No mesmo dia, ela fez sua inscrição em um programa para reabilitação e passou a participar de reuniões com outros viciados. Assim que começou o tratamento, Laurie ficou duas semanas sem sexo, e revelou ter sido esse seu maior período sem dormir com ninguém.
Uma das etapas do processo envolve a identificação dos comportamentos que alimentam os desejos dos compulsivos, e o da mulher era simples: ela foi proibida de postar mais fotos sensuais em suas redes sociais.
A viciada em sexo se tornou escritora e astróloga, e conta que segue sua vida de modo normal. "Há uma parte de mim que sempre será viciada. Mas, recentemente, iniciei um novo relacionamento e as coisas estão indo muito bem", finaliza.