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Veja a história de 19 serial killers do Brasil e do mundo - 19 - “Champinha” e “Pernambuco”

De acordo com alguns estudos sobre o tema, para ser considerado um serial killer, o assassino deve ter matado pelo menos duas pessoas - 19 - “Champinha” e “Pernambuco”

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19 - “Champinha” e “Pernambuco”

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Os estudantes Liana Friedenbach, 16 anos, e Felipe Silva Caffé, 19, foram rendidos pelos criminosos enquanto acampavam em um sítio abandonado no município de Embu-Guaçu, na Grande São Paulo. O casal mentiu sobre a viagem para os pais. Liana havia dito que iria para Ilhabela com um grupo de jovens da comunidade israelita. A família de Felipe disse que sabia que o rapaz iria acampar, mas acreditava que ele estava com amigos.

Os namorados teriam passado a madrugada do dia 31 de outubro de 2003 sob o vão livre do MASP, na Avenida Paulista, em São Paulo, onde teriam ficado até as 5h do dia 1º, quando chegaram ao Terminal Rodoviário do Tietê. Liana e Felipe desembarcaram em Embu-Guaçu por volta das 9h e pegaram um outro ônibus para Santa Rita, um lugarejo perto do sítio abandonado. Os estudantes ainda andaram 4,5 km a pé até o local em que acamparam, sob um telhado caindo aos pedaços.

"Champinha" e "Pernambuco" seguiam para pescar na região quando viram o casal pela manhã e tiveram então a ideia de roubar os estudantes. O casal foi abordado à tarde. No entanto, ao perceberem que os jovens estavam sem dinheiro, os criminosos teriam optado pelo sequestro. Os estudantes foram levados para um sítio da região, que serviria como cativeiro. Sem a presença do caseiro, os criminosos decidiram levar os estudantes para a casa de um amigo, na mesma região, que também estava vazia.

Liana disse pertencer a uma família rica e propôs a solicitação de um resgate em troca da libertação. À noite, Pernambuco estuprou Liana, enquanto Felipe permaneceu em outro quarto. No segundo dia, os estudantes foram obrigados a caminhar por uma trilha. Enquanto Felipe seguiu com "Pernambuco", o adolescente ficou com Liana na mata. Felipe foi assassinado nas proximidades de um barranco, com um tiro na nuca. Liana, segundo "Champinha", não viu o namorado ser morto, apesar de ter ouvido o tiro. Ela perguntou pelo namorado, mas "Pernambuco" disse que ele havia sido libertado e fugiu após o crime.

Liana permaneceu em poder de "Champinha", mas nenhum pedido de resgate foi feito à família. No terceiro dia, o pai dela descobriu que ela havia viajado com o namorado e, sob suspeita de que os jovens haviam se perdido na mata, acionou Comando de Operações Especiais (COE), que iniciou as buscas. O local do acampamento foi descoberto e, além da barraca, as roupas dos estudantes, a carteira e o celular de Liana foram localizados. Antônio Caitano Silva, dono da casa onde o adolescente permanecia com Liana, chegou com um amigo, Agnaldo Pires. O adolescente apresentou Liana como sua namorada e ofereceu a menina para os colegas, quando então ela foi violentada por Agnaldo Pires. Silva, Pires, o adolescente e Liana seguiram para a casa de Antonio Matias de Barros (dono da primeira casa que serviria de cativeiro) e foram pescar.

No fim da tarde, um irmão de "Champinha" foi até a casa de Barros para procurar o irmão, visto que a mãe estava preocupada com seu desaparecimento. Liana foi, mais uma vez, apresentada como namorada do adolescente. Com a aproximação da polícia, "Champinha" decidiu matar Liana, apesar de ter dito aos amigos que levaria a garota até a rodoviária. Liana foi assassinada a facadas no dia 5 de novembro em uma área de mata fechada durante a madrugada. Os corpos foram encontrados no dia 10 de novembro.

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