Uma vacina de célula-tronco conseguiu "atacar" tumores de mama, de pulmão e de pele em cobaias. A injeção também impediu que o câncer voltasse em animais que tiveram tumores removidos.
O feito foi possível porque as células-tronco foram utilizadas para ensinar o sistema imunológico a lutar contra o tumor.
O estudo, feito por pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, foi publicado na "Cell Stem Cell" nesta quinta-feira (15).
A célula-tronco que deu origem à vacina é do tipo pluripotente: células adultas que são reprogramadas para "imitar" células-tronco embrionárias e se diferenciar em outras células do corpo.
No estudo, 75 ratos receberam versões da vacina. Desses, 70% rejeitaram completamente as células de câncer; já os 30% restantes, apresentaram células significativamente menores.
Antes dos testes, cientistas verificaram que células-tronco apresentam estruturas específicas que também estão presentes em células cancerígenas.
Depois dos testes em cobaias, foi isso o que se verificou, dizem os autores: as células-tronco ativaram células T (de defesa) a reconhecer o tumor por meio de estruturas presentes em sua superfície.
Os autores esperam que, no futuro, células da pele e do sangue de um paciente possam ser reprogramadas para habilitar o sistema imunológico a lutar contra o câncer.