Tricotilomania: saiba sobre o transtorno de arrancar os próprios cabelos

Esse transtorno é constantemente um alvo dos estudiosos que buscam entendê-lo.

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Todos nós sabemos que existem diversos tipos de transtornos que os seres humanos encaram. Alguns nos fazem ter medo, outros comer mais do que conseguimos e por aí vai. E por falar em medo, um dos maiores receios das pessoas é o de perder os cabelos. No entanto, ele pode ser intensificado quando vemos que existe um transtorno chamado "tricotilomania". Esse faz com que as pessoas arranquem seus próprios cabelos. Assim foi a história da jovem Christina Pearson.

Christina tinha 14 quando começou a puxar seus cabelos, assim criando áreas calvas notáveis em sua cabeça. Preocupados, seus pais a levaram em um psiquiatra, mas por ser 1970, não existia ainda um nome para o distúrbio e muito menos tratamento. O médico na época emitiu um laudo psiquiátrico que afastou a menina da escola, quando cursava o ensino médio. Assim ela sentiu-se aliviada. Ela tinha medo de ir à escola e de que lá, alguém tirasse o seu chapéu, mostrando que ela estava ficando careca. Ela achava a ideia extremamente assustadora, mais do que qualquer outra coisa.

Ela viveu uma vida um tanto complicada por causa da doença até seus 30 anos, quando finalmente ficou "sóbria". Em um período da sua vida, o seu transtorno ficou tão intenso que ela começou a cutucar sua própria pele, causando feridas abertas e expostas. Nessa idade, ela descobriu, finalmente, o nome do que costumava fazer após um telefonema de sua mãe. Ela disse que ouviu em um rádio a respeito de um estudo. "Há um nome para o que você costumava fazer, é tricotilomania", disse sua mãe.

Doença

A tricotilomania é um impulso irreprimível da pessoa arrancar seus próprios cabelos, demais pelos corporais, podendo ser nos braços, sobrancelhas etc. É parecido com o transtorno obsessivo compulsivo, mais conhecido como TOC. Elas sabem que não é certo fazer aquilo, mas não podem se controlar e continuam puxando cada vez mais. O nível varia, ou seja, algumas pessoas conseguem facilmente controlar enquanto outras ficam com grandes regiões sem cabelos.

Ainda não se sabe ao certo quais são as causas da tricotilomania, mas há suspeitas de que acontece por questões genéticas e ambientais envolvidas no aparecimento do quadro. Há alguns fatores de risco que aumentam as chances de ser afetado pela doença como: histórico familiar, estar entre 11 e 13 anos, sentir emoções negativas ou sofrer com ansiedade, depressão e TOC.

Os sintomas da doença mais comuns são: puxar os fios do couro cabeludo, sobrancelhas ou cílios e e mais áreas do corpo, sentir um aumento das tensões antes de puxar o cabelo, sentir prazer ou alívio ao arrancar um fio de cabelo, ter áreas com menos fios de cabelos ou mesmo sem nenhum, ter preferência por fios específicos, mastigar ou morder os fios arrancados.

Esse transtorno é constantemente um alvo dos estudiosos que buscam entendê-lo.

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