Na última sexta-feira (5), um terremoto de magnitude 7,1 na escala Richter abalou as estruturas do estado da Califórnia. O tremor foi o segundo maior a atingir o estado em menos de 48 horas, e o mais forte já sentido naquela região nas últimas duas décadas. Além dos transtornos à população, passeios na Disneylândia foram interrompidos, e até um estádio de beisebol balançou suas estruturas. O tremor ainda deixou uma grande rachadura no solo. A cicatriz foi tão notável que pôde até ser vista do espaço, como mostram os registros feitos por um satélite.
O sistema de satélites da Planet Labs Doves foi o responsável por registrar a rachadura diretamente do espaço. O Planet Labs registra diariamente imagens do planeta Terra. O CEO o laboratório, Will Marshall, foi quem compartilhou a visão da empresa sobre os danos causados pelo terremoto.
Agora, o US Geological Survey está usando também as imagens de satélite para ajudar na investigação da atividade do terremoto mais recente.
Considerado o terremoto mais forte sentido na região da Califórnia nos últimos 20 anos. O tremor acabou provando uma rachadura tão grande que pôde ser vista do espaço. De magnitude 7.1, o terremoto trouxe inúmeros transtornos para os moradores da região. Edifícios foram danificados, um gasoduto se rompeu e provocou incêndios.
As autoridades só perceberam que a topografia da região também tinha sido abalada no dia seguinte. A empresa que faz imagens de satélite Planet Labs Doves divulgou imagens da fissura, que se abriu no sul do estado. A maior rachadura foi vista próxima ao epicentro do terremoto, registrado a 17 quilômetros de Ridgecrest.
De acordo com a rede de TV CNN, várias pessoas ficaram feridas. Inclusive, a polícia está investigando uma morte que teria sido provocada pelo tremor que aconteceu às 20h33, do dia 5 (0h33 deste sábado, no Brasil).
O epicentro do terremoto foi registrado na cidade de Ridgecrest, que tem hoje 30 mil habitantes. Localizada a 250 quilômetros de Los Angeles, a cidade também sentiu os efeitos do tremor. Outras cidades como Phoenix, Las Vegas e Reno também sentiram o terremoto. Depois dos dois tremores em sequência, as autoridades estão em estado de alerta para possíveis novos tremores.
A rachadura foi apenas um dos grandes estragos provocados pelo terremoto. O abalo ainda causou deslizamentos de terra, rachaduras em fundações e derrubou muros. Canais de água e esgoto também foram quebrados. Segundo informações do Corpo de Bombeiros do condado de San Bernardino, depois do tremor, vários incêndios foram registrados em decorrência de vazamentos de gás.
Aproximadamente 3 mil habitantes da cidade de Ridgecrest e áreas vizinhas estão sem energia elétrica, gás e sistema de comunicação. O governador do estado da Califórnia, Gavin Newsom, solicitou ajuda do governo federal e declarou estado de emergência para o condado de San Bernardino. Essa medida já havia sido tomada após o abalo de magnitude de 6.4, que atingiu a cidade no dia anterior.
Os tremores sentidos no estado na última semana trazem de volta o fantasma do "The Big One" (O Grande), um terremoto de grandes proporções e de potencial devastador, que pode atingir o estado em algum momento.
A Califórnia é o estado mais populoso dos Estados Unidos, tendo cerca de 40 milhões de habitantes. Localizado em uma região conhecida como Anel de Fogo do Pacífico, o estado lida constantemente com terremotos e erupções vulcânicas. Isso devido aos encontros das placas tectônicas naquela região. Segundo dados da US Geological Survey, desde a última quinta-feira, mais de 23 tremores foram sentidos no sul do estado.