Telha de sururu: jovem nordestina pode ganhar mais R$550 mil com invenção

Prêmio é apelidado de Nobel dos Estudantes. A jovem é natural do Estado do Alagoas e vive em uma comunidade carente.

Ana Júlia e a telha de sururu | Sesi
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Quem é nordestino conhece o sururu, um molusco bivalve que tem o sabor marcante. Em Alagoas o prato é bem típico, e a jovem Ana Júlia aproveitou a estrutura cálcica do bicho para criar uma telha 100% sustentável. 

O melhor de tudo nessa história é que a jovem pode ganhar mais de R$550 mil pelo projeto, em uma premiação conhecida como o Prêmio Nobel para Estudantes. O resultado sai nesta quarta-feira, 10 de novembro.

Ana Júlia disputa um prêmio de U$$100 mil com mais 9 estudantes de todo o mundo no Global Student Prize. A jovem apresentou, além da telha ecossustentável, uma pastilha purificadora de água e uma estrutura para proteger astronautas dos raios solares. Ela estuda na Escola da Cambona do Serviço Social da Indústria (Sesi).

Ana Júlia e a telha de sururu. Crédito: Divulgação/Sesi.

A jovem mira na transformação social através de um empreendedorismo inteligente.

"No ecosururu a gente reutiliza a casca para produzir telhas. É um projeto regionalizado. Usamos recursos que nossa comunidade já tinha de forma empreendedora", analisa Ana Júlia.

E estudante vive em uma região pobre de Maceió, próximo a uma lagoa onde muitas pessoas pescam o marisco para sobreviver. As chamadas "marisqueiras" são mães de família que dependem do sururu e do extinto programa Bolsa Família para sobreviver.

O excesso das cascas nas margens chamou a atenção da jovem, que pensou em uma solução ambiental que pode ser bastante rentável. Para chega aos 10 mais, Ana Júlia disputou com mais de 3,5 mil estudantes de 94 países. 

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