Substitua a carne por outros alimentos

Antes de retirar a carne do cardápio alimentar é preciso substituí-la por outros alimentos.

| reprodução internet
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        De acordo com o médico nutrólogo Alexander Gomes de Azevedo, para evitar deficiências de proteínas e micronutrientes que são encontradas nas carnes, é importante a orientação de um profissional para que se faça a avaliação da quantidade de ferro, zinco, cálcio e aminoácidos provenientes de fontes vegetais e com isso impedir a carência desses nutrientes.

“A deficiência de ferro pode causar anemia e provocar cansaço e até depressão, além de baixar a imunidade, deixando a pessoa mais vulnerável a infecções infectocontagiosas. A deficiência do complexo B e zinco pode levar a transtornos neurológicos e falta de equilíbrio. Os vegetarianos que retiram o leite também podem sofrer com osteoporose, fragilidade óssea, essas são consequências de quem faz restrição alimentar sem um apoio de um profissional. Uma das alternativas para quem retira a carne do cardápio e não quer sofrer com deficiência de vitaminas e minerais é investir em vegetais e oleaginosas. Insira na dieta leguminosas, como feijão, lentilha, grão de bioco e ervilha e oleaginosas, como nozes, castanhas, avelã, amêndoa, pistache, esses alimentos são ótimos para repor os nutrientes que deixaram de ser consumidos e evitar uma deficiência nutricional”, explica o médico.

É sabido que quem pratica atividades físicas, principalmente treinos de força, como musculação, ou quem visa hipertrofia muscular deve consumir proteínas, que são abundantes nas carnes de frango, peixe e bovina.

“Praticantes de atividade física veganos ou vegetarianos podem substituir a carne vermelha por alimentos como a lentilha, grão de bico, feijões em geral são alimentos ricos em proteínas, vitaminas e minerais. Como também pode-se optar por suplementos proteico a base de origem vegetal para suprir a carência de proteína. Com as recomendações adequadas dos macronutrientes o praticante de atividade física não terá dificuldade aumentar ou melhorar a performance muscular. Cabe esse ser acompanhado por um bom profissional”, pontua.

Já a vitamina B12, segundo Alexander, precisará ser suplementada oralmente, porque sua oferta se dá apenas por meio de alimentos de origem animal. Caso não seja feito um acompanhamento nutricional, há risco de deficiência deste nutriente.

O médico pontua fatos que precisam ser observados:

1 – AGROTÓXICOS E PESTICIDAS NOS VEGETAIS

Os chamados defensivos agrícolas são danosos a nossa saúde e estão presentes na maioria dos nossos vegetais e em quantidades perigosas. A alternativa seria o consumo de alimentos orgânicos.

2 – VEGETAIS TRANSGÊNICOS

A utilização de sementes geneticamente modificadas (transgênicas) tem sido cada vez mais comuns nas lavouras brasileiras, correspondendo a mais de 90% do cultivo de soja, milho (verão e inverno) e algodão no país. Pesquisadores se dividem quanto ao perigo ou a segurança do consumo desses vegetais. O que se sabe é que nossos alimentos hoje são totalmente diferentes do que há mais de 300 anos antes de cristo, época em que Hipócrates, considerado o pai da medicina, disse, “faça do seu alimento o seu remédio”.

2 – ABSORÇÃO DO FERRO DE FONTES VEGETAIS

O ferro de fontes vegetais são menos absorvidos que os de fonte animal, por isso, para aumentar a absorção do ferro dos vegetais é necessário incluir suco de limão e frutas cítricas (ex: laranja, goiaba, tomate) e evitar consumir alimentos ricos em cálcio, café e chás na mesma refeição com ferro, pois eles prejudicam a absorção.

A forma mais simples de prevenir a anemia e aumentar mais rapidamente a hemoglobina é através da suplementação de ferro, desde que seja de alta absorção pelo organismo, como por exemplo o ferro nanoencapsulado. A suplementação diária ou semanal é igualmente eficaz para aumentar a hemoglobina.

3 – ANEMIA, SISTEMA IMUNOLÓGICO E INFECÇÕES POR VÍRUS

O ferro tem muitas funções importantes no corpo, incluindo a regulação do sistema imunológico e, portanto, a deficiência do ferro pode comprometer a função imunológica e causar impacto tanto na facilidade de contrair (pegar a doença), como na gravidade das infecções, incluindo influenza.

Crianças com menos de 5 anos de idade têm maior suscetibilidade a se infectar com influenza e correm o risco de doenças mais graves (Cromer D, 2014).

Um estudo americano sobre mortalidade infantil por gripe (vírus influenza) indicou que a maioria das mortes infantis atribuídas à influenza ocorre em menores de 5 anos.

Um estudo Australiano de 2016 concluiu que a anemia por deficiência de ferro e a alergia alimentar foram identificados como fatores de risco independentes para doença grave da gripe (vírus influenza) em crianças menores de cinco anos. Além disso, a anemia foi identificada como um fator de risco para insuficiência respiratória em crianças internadas no hospital por pneumonia adquirida na comunidade.

"O vegetarianismo é uma cultura alimentar cada vez mais utilizada entre os brasileiros, porém os veganos ou os vegetarianos devem tomar alguns cuidados pois podem ter um consumo maior de alimentos transgênicos e uma maior chance de se contaminar por metais pesados tóxicos devido aos defensivos agrícolas, e esses metais podem provocar diversas doenças. Além disso, a deficiência de ferro e vitamina B12, e isso pode levar a anemia, que por sua vez pode levar a alguns problemas de saúde, como a diminuição da resistência as infecções por bactérias e vírus. Tanto o uso de alimentos orgânicos quanto a prevenção de anemia por deficiência de ferro são problemas simples de serem contornados pelos adeptos ao vegetarianismo", finaliza o especialista. 

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