O eclipse solar total de 2 de agosto de 2027 promete ser um dos maiores espetáculos astronômicos do século. Segundo a Nasa, a Lua ocultará o Sol por cerca de seis minutos e 23 segundos, duração que só será superada em 2114. O ápice ocorrerá no Egito, mas também será visível na Espanha, Marrocos, Líbia, Tunísia, Arábia Saudita e Somália.
Durante o fenômeno, a Lua bloqueia os raios solares, projetando uma sombra sobre a Terra.
Eclipses totais do Sol acontecem, em média, a cada 18 meses, mas em um mesmo local específico, o intervalo médio é de 375 anos. Há também os eclipses parciais, quando apenas parte do disco solar é coberta, algo mais frequente.
O próximo eclipse total que atingirá áreas do Brasil deve ocorrer em 16 de janeiro de 2075, deixando partes do Paraná, São Paulo e Minas Gerais totalmente escuras por cerca de 2 minutos.
Por que este será o eclipse mais longo do século
Conforme o astrônomo Thiago Signorini Gonçalves, da UFRJ, o recorde de duração resulta de fatores geométricos. O eclipse ocorre quando a Terra está mais afastada do Sol e a Lua mais próxima da Terra, o que faz o Sol parecer menor e a Lua maior. Isso prolonga o tempo em que ela cobre o Sol.
Outro fator é a região onde o fenômeno acontecerá. A sombra da Lua vai cruzar áreas próximas ao Equador, onde sua velocidade aparente é menor, estendendo a duração do eclipse em cada ponto. O astrônomo Adriano Leonês, da UnB, lembra que eclipses solares ocorrem em média duas vezes por ano, porém nem sempre em locais de fácil observação.
Onde e quando o eclipse será visível
O eclipse começará por volta das 10h (horário de Brasília) e deve durar cerca de três horas, considerando todas as fases. A totalidade — quando o Sol é completamente encoberto — ocorrerá após as 11h e poderá ser vista em cidades como Cádiz, Tânger, Benghazi e Luxor, no Egito, onde o fenômeno atinge seu ponto máximo.
Expedições já estão sendo organizadas para Luxor, uma das poucas cidades urbanizadas na faixa de totalidade. Nesse trecho, o Sol desaparecerá por mais de seis minutos, revelando a coroa solar, a camada mais externa e brilhante da atmosfera solar.