A rede social Bluesky anunciou na noite de sábado (31) que alcançou a marca de 1 milhão de novos usuários nos últimos três dias, em meio às controvérsias legais e à suspensão do X (antigo Twitter) no Brasil.
X CAIU, BLUESKY SURGIU
Com a migração de usuários do X nos últimos dias, a página oficial do Bluesky na própria plataforma passou a publicar mensagens em português, onde anteriormente predominava o inglês:
“Brasil, você está quebrando novos recordes de atividade no Bluesky”. “Agora, este é um aplicativo brasileiro”, afirmou outra mensagem publicada na noite de sábado pelo perfil oficial da rede social.
Criado por Jack Dorsey, fundador e ex-CEO do Twitter, o Bluesky é descrito como uma versão “descentralizada” do Twitter.
Desenvolvida em código aberto, a principal diferença do Bluesky em relação a outras redes sociais é a possibilidade de integração entre plataformas e maior controle sobre o consumo de conteúdos.
As funcionalidades do Bluesky são muito parecidas com as do Twitter, tanto em termos de recursos oferecidos quanto no layout da plataforma. É possível seguir e buscar contas de outros usuários, além de visualizar as atualizações e postagens daqueles que você segue em uma timeline.
Diretamente no site ou através do aplicativo, disponível para Android e iOS, é possível criar um perfil gratuito na rede. Basta clicar em “create a new account” e fornecer as informações necessárias, como data de nascimento, endereço de e-mail e uma senha.
Embora apresente semelhanças com o Twitter, ou X, os usuários brasileiros do Bluesky têm apontado áreas que ainda precisam de melhorias para que a rede se torne uma substituta ideal.Um desses pontos é a ausência da funcionalidade de criar threads, que são sequências de posts sobre um mesmo assunto.
Além do Bluesky, outras redes sociais têm ganhado popularidade no Brasil nos últimos dias. Um exemplo é o Threads, plataforma associada ao Instagram e pertencente à Meta, que registrou aumento nas buscas na internet de sexta para sábado.
Toda essa movimentação ocorre em meio à suspensão do X no Brasil, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na tarde de sexta-feira, após o proprietário da rede, o bilionário Elon Musk, desrespeitar uma decisão judicial anterior e não nomear um representante legal no Brasil.