Se uma camisinha oferece proteção contra uma possível gravidez indesejada e a infecção de doenças sexualmente transmissíveis, duas camisinhas deveriam oferecer o dobro de segurança, certo? Errado! Pode até parecer lógico que o uso de dois preservativos ao mesmo tempo seja mais eficiente na prevenção de DSTs e gestações acidentais, mas não é não, e nós já vamos explicar para você o motivo.
Não pode!
As camisinhas foram projetadas para se “encaixarem” e revestirem o pênis uma de cada vez e, portando, colocar uma sobre a outra pode fazer com que nenhum dos dois preservativos proteja o membro como deveria e inclusive saia acidentalmente do lugar sem que o usuário perceba. Além disso, durante a prática do sexo, pode ocorrer fricção entre as camisinhas, o que aumentaria a chance que uma delas ou as duas se rompesse no meio da coisa toda.
Aliás, o mesmo serve para casais heterossexuais que já pensaram em “dobrar” a proteção usando camisinha masculina e feminina durante o ato sexual. Para que os preservativos funcionem direitinho, eles devem ser usados um de cada vez, e não em conjunto, ser colocados corretamente, conforme indicado pelo fabricante, e ser devidamente descartados após o uso.
Combinando métodos
Uma coisa importante para ter em mente é que, de acordo com Gina Shaw, da Universidade de Berkeley, embora os fabricantes de preservativos informem que as camisinhas oferecem um índice de proteção de 98%, a efetividade real é de 82%. No caso da versão feminina, apesar de a efetividade informada ser de 95%, na realidade, ela oferece um índice real de 79% de proteção.
Com esses dados em mente, caso a intenção seja garantir que uma gravidez indesejada não vai acontecer mesmo, de jeito nenhum, um conselho seria combinar um método anticoncepcional, como a pílula, o dispositivo intrauterino ou o implante anticoncepcional, com o uso da camisinha. Dessa maneira, além de evitar uma possível gestação fora de hora, você ainda se protege de eventuais DSTs.