O médico acrescenta que, diante das “não evidências robustas” de reinfecção a curto prazo de uma pessoa pelo vírus, pessoas recuperadas podem ser muito úteis à sociedade durante a pandemia. — Uma pessoa imunizada é desejada neste momento, pois pode ajudar outras pessoas que não se infectaram. O recuperado pode se oferecer para fazer as compras da família e dos vizinhos, cuidar dos idosos, tão solitários atualmente, e ser o que vai levar um doente para o hospital. Ele é “o motorista da vez” — afirma Kfouri.
Outra possibilidade é a de oferecer ajuda no combate à pandemia, doando o plasma de seu sangue a centros de pesquisa que estão fazendo estudos sobre a possibilidade de transmissão passiva de anticorpos a pacientes com a doença ativa. No Rio, o Hemorio está fazendo a coleta de plasma para estudos. Em São Paulo, um consórcio entre a Universidade de São Paulo e os hospitais Albert Einstein e Sírio-Libanês também investe na pesquisa, selecionando candidatos para a doação.