Eugênio Oliveira, de 23 anos, esperou por 18 horas pela abertura da primeira loja da Apple em São Paulo, segunda do Brasil depois da do Rio de Janeiro, ocorrida na manhã deste sábado (18) num shopping da Zona Sul da capital. Uma pulseira com o número 0001 no braço era o seu troféu pelo esforço, e o jovem foi recebido com cumprimentos efusivos dos vendedores assim que as portas se abriram. Minutos antes da abertura, eles gritavam de dentro da loja o nome do primeiro visitante. Eugênio entrou, ganhou uma camiseta - prêmio para os 2.000 primeiros a pisarem no estabelecimento - e saiu sem comprar nada.
"Vim só prestigiar", conta Oliveira, nascido em Campo Grande e morador de São Paulo há três anos, onde é técnico certificado da Apple. A maçã está na maioria dos objetos do desejo de Eugênio. "Tem muita coisa que ainda quero comprar - um iMac, um Apple Watch [relógio inteligente]. Mas falta grana."
Assim como Oliveira, cerca de 600 pessoas vararam a noite do lado de fora do shopping Morumbi para participar da inauguração da Apple Store Morumbi, segundo um segurança do centro comercial. Trigésimo primeiro da fila e primeiro a comprar um produto na loja, o engenheiro Lourival Parente Filho, de 53 anos, conta que dormiu no chão para levar, dali, um iPhone dourado para a mulher. O presente custou no mínimo R$ 3.500,00 - e pode ter chegado a R$ 4.700,00. "Comprar aqui é mais emocionante", justifica o engenheiro, morador de São Luís do Maranhão e que estava em São Paulo a trabalho. "Uso iPhone, Mac Book Air. Sou um Apple fan."
Às 9h, uma hora antes da abertura oficial, cerca de mil pessoas se aglomeravam junto à Apple Store, entre crianças a adultos. Na fila estava o corretor de imóveis Rodrigo Sales, de 49 anos, que viajou de de Fortaleza com os dois filhos, Vitor, de 13, e Sarah, de 18, apenas para a inauguração. "O primeiro iPhone ele colocou no microondas", lembra o corretor, sobre um acidente doméstico provocado pelo filho Vitor que custou o seu telefone celular.
Segundo uma funcionária da Apple, a loja de São Paulo tem tudo o que há na mais famosa unidade de Nova York - instalada na 5ª avenida, e não num shopping como as lojas de São Paulo e do Rio de Janeiro -, inclusive a mesa de oficinas sobre os produtos da marca. Só não se vende o que ainda não foi lançado no Brasil.