Na década de 1970, trabalhadores da então União Soviética exploravam um campo na província de Dsoguz em busca de gás e petróleo. Durante as perfurações, o solo começou a rachar e formou uma cratera, conhecida como Darvaza, com 70 metros de largura e 20 metros de profundidade. Este buraco em chamas, que está queimando há mais de 50 anos, é resultado de um erro humano.
REDUÇÃO NAS CHAMAS
No entanto, o fosso de fogo pode não durar muito mais tempo. Vários turistas relataram uma redução significativa nas chamas ao longo dos anos, e o governo do Turcomenistão já indicou em diversas ocasiões que está considerando a possibilidade de selar o buraco definitivamente. Um guia de turismo, que preferiu não se identificar, informou à imprensa internacional que as chamas têm diminuído gradualmente nos últimos sete anos.
COMO O LOCAL COMEÇOU A PEGAR FOGO?
Quando os trabalhadores perceberam que o interior da cratera estava liberando gás metano, incendiaram o local na esperança de apagar o fogo rapidamente. No entanto, o incêndio persistiu, e o fosso continua em chamas, criando uma aparência semelhante à entrada do inferno.
O escape de gás pode ser poluente e o governo do Turcomenistão está considerando a proteção da saúde das populações vizinhas e a preservação de suas reservas de metano, essenciais para sua economia.
Embora várias soluções, como o uso de bombas, tenham sido tentadas e descartadas, o governo ainda busca uma forma eficaz de extinguir o fogo. Muitos sugerem selar os dutos de gás, mas a composição da rede ainda não é totalmente conhecida.
BURACO A 1.000°C
Dentro da cratera, a temperatura varia entre 400°C e 1.000°C. Em 2023, o canadense Kourounis, com proteção adequada, desceu para fotografar o interior do buraco, juntamente com uma expedição da National Geographic.
O objetivo era coletar amostras de solo para analisar possíveis formas de vida resistentes ao calor. Apesar dos esforços do governo do Turcomenistão para atrair cientistas estrangeiros para ajudar a apagar o fogo, a Porta do Inferno continuará queimando até que uma solução seja encontrada.
(Com informações do O Globo e Agências Internacionais - Asgabate)