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Por que a Nasa quer colocar um reator nuclear na Lua até 2030; dúvidas sobre viabilidade

O reator forneceria energia para humanos na Lua, mas há dúvidas sobre sua viabilidade.

Projeto faz parte das ambições dos EUA de construir uma base permanente para humanos viverem na Lua | Foto: Nasa
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A Nasa pretende acelerar seus planos para construir um reator nuclear na Lua até 2030, segundo a imprensa dos EUA. A iniciativa faz parte do objetivo americano de estabelecer uma base permanente com presença humana na superfície lunar.

Em entrevista ao site Político, o chefe interino da Nasa citou projetos semelhantes de China e Rússia, alertando que esses países “podem, eventualmente, declarar uma zona de exclusão” na Lua.

No entanto, especialistas questionam a viabilidade do cronograma, especialmente diante dos recentes cortes no orçamento da agência e das preocupações sobre possíveis motivações geopolíticas por trás da proposta.

Atualmente, nações como Estados Unidos, China, Rússia, Índia e Japão disputam avanços na exploração lunar, algumas com planos de instalar bases habitadas de forma permanente.

Duffy solicitou propostas de empresas privadas para construir um reator capaz de gerar pelo menos 100 quilowatts de energia, o que é relativamente pouco. Para comparação, uma turbina eólica terrestre típica gera entre 2 a 3 megawatts. 

'Nova corrida para a Lua'

A ideia de instalar um reator nuclear na Lua não é nova. Em 2022, a Nasa firmou contratos de US$ 5 milhões com três empresas para desenvolver o projeto. Já em 2025, China e Rússia anunciaram planos de construir uma estação de energia nuclear automatizada na Lua até 2035.

Cientistas apontam que essa pode ser a melhor — ou única — forma de garantir energia constante, já que um dia lunar dura quatro semanas terrestres, com duas semanas de luz e duas de escuridão, dificultando o uso exclusivo de energia solar.

Lionel Wilson, professor da Universidade de Lancaster, acredita que é tecnicamente viável instalar reatores na Lua até 2030, desde que haja financiamento. Ele destaca que já existem projetos de reatores menores.

A declaração surge após cortes de 24% no orçamento da Nasa anunciados pelo governo Trump para 2026, afetando programas como o Mars Sample Return, que busca trazer amostras de Marte para a Terra.

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