Israel declarou na segunda-feira (16) ter alcançado “superioridade total” sobre os céus de Teerã. A afirmação veio após uma série de bombardeios no território iraniano, reforçando a ideia de que o país tem ampla vantagem aérea sobre o Irã. Mesmo sem fazer fronteira nem compartilhar mares, o domínio aéreo tornou-se crucial para definir os rumos do conflito entre as duas nações.
A superioridade israelense se explica por uma combinação de tecnologia militar de ponta, apoio financeiro e estratégico dos Estados Unidos e um poderio aéreo incomparável na região.
Apoio bilionário e frota moderna
Desde sua criação, Israel recebeu mais de US$ 228 bilhões em ajuda militar dos EUA, maior valor já destinado a um aliado americano. Com esse suporte, o país construiu uma força aérea altamente moderna, composta por 340 aeronaves militares, segundo o Instituto Internacional para Estudos Estratégicos (IISS).
Entre os principais modelos, estão 39 caças F-35i “Adir”, considerados os mais avançados do mundo, além de 75 aeronaves F-15 e cerca de 200 F-16. Essas aeronaves são equipadas com sistemas de defesa e ataque de última geração, o que permite a Israel realizar missões com precisão cirúrgica e elevado nível de proteção.
Irã opera frota defasada
Em contraste, o Irã conta com cerca de 265 aviões militares operacionais, muitos deles envelhecidos. A frota inclui caças MiG-29, de fabricação soviética, e jatos fornecidos pelos EUA antes da Revolução Islâmica de 1979. Ainda segundo o IISS, o país possui 15 F-5B, 54 F-5E/F e cerca de 14 F-14 Tomcats, aeronaves que já estão tecnicamente obsoletas.
Embora Teerã tenha anunciado, em janeiro, a compra de caças Su-35 da Rússia, não se sabe quantas unidades foram adquiridas nem quando começarão a operar. As sanções internacionais e o isolamento econômico dificultam a renovação e manutenção da frota iraniana.
Inteligência e ataques cirúrgicos
Além do equipamento superior, Israel também tem levado vantagem graças à sua atuação de inteligência e ataques estratégicos. Em ações recentes, como as de abril e outubro de 2024, as forças israelenses conseguiram danificar sistemas de defesa aérea S-300 no Irã, dificultando a capacidade de resposta iraniana.
Relatórios também indicam que o Mossad, serviço secreto israelense, conseguiu infiltrar drones no território iraniano. Esses veículos foram usados para atingir lançadores de mísseis e enfraquecer as estruturas defensivas do Irã por dentro.
Diante de todos esses fatores, tecnologia, apoio internacional, capacidade de resposta e inteligência militar, a força aérea de Israel se consolida como uma das mais eficientes do mundo e como protagonista no conflito com o Irã.