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Polêmica: cientista cria cerveja que funciona como vacina e gera debate ético

Pesquisador usou leveduras geneticamente modificadas para estimular anticorpos contra subtipo de poliomavírus

Cerveja | Foto: Imagem de Freepik
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O virologista Chris Buck, do NIH (EUA), gerou controvérsia ao desenvolver, em casa, uma cerveja experimental que funcionaria como uma espécie de vacina oral contra o poliomavírus BK, associado a cânceres e complicações em imunossuprimidos.

COMO FUNCIONA A BEBIDA

A cerveja foi produzida com leveduras geneticamente modificadas, capazes de gerar partículas semelhantes ao vírus. Em estudos anteriores, a abordagem já havia provocado respostas imunológicas em animais. Buck, o irmão e familiares consumiram a bebida e relataram aumento de anticorpos, sem efeitos colaterais aparentes.

REAÇÃO DA COMUNIDADE CIENTÍFICA

Comitês de ética do NIH afirmam que Buck não tinha autorização para a autoexperimentação nem para divulgar dados sem revisão por pares. Outro ponto criticado foi o número reduzido de participantes, insuficiente para conclusões sobre segurança e eficácia.

DEFESA E CRÍTICAS

Buck diz que a burocracia freia a ciência e argumenta que a bebida poderia ser tratada como alimento ou suplemento, com ingredientes considerados seguros pela FDA. Especialistas, porém, alertam para o risco de desinformação e de reforço ao movimento antivacina.

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