Pesquisadores americanos criam preservativo elétrico que gera prazer

A instituição custeou as criações de 13 finalistas em novembro do ano passado para desenvolver seus projetos

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Três pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos Estados Unidos, criaram um preservativo que gera pequenos impulsos elétricos para provocar maior prazer. O produto ganhou o nome de "Enguia Elétrica".

Criado por alunos de doutorado do instituto, o objetivo do brinquedo erótico é desenvolver uma tecnologia sexual que permita às pessoas imitarem os desenhos de seus próprios brinquedos ou construir novos. Além disso, eles acreditam que a inovação irá ajudar a diminuir a quantidade de pessoas que evitam usar os preservativos de borracha.

Andrew Quitmeyer, um dos criadores, contou que o protótipo é formado por um tecido condutor colocado no pênis e preso com um velcro. O produto possui um microcontrolador e, uma vez carregado, pode ser colocado na roupa, passando a enviar curtos impulsos elétricos de baixa intensidade, e estimulando a região.

Os criadores o definem como um "conceito de preservativo" digital de código aberto para melhorar o prazer sexual, embora ressaltem que não evita a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis ou a gravidez.

"Não prevenirá doença, mas pode nos ajudar a desenvolver preservativos reais com eletrodos", acredita Quitmeyer.

Segundo ele, o dispositivo é financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates. A organização realizou o projeto "Grandes Desafios para a Saúde Global", no qual premiou as melhores invenções da "Nova Geração de Camisinhas".

A instituição custeou as criações de 13 finalistas em novembro do ano passado para desenvolver seus projetos, que têm sempre o mesmo objetivo: descobrir uma maneira de tornar os preservativos mais agradáveis e mais fácies de usar.

Após duas semanas de trabalho na "Enguia Elétrica", os pesquisadores garantem que a efetividade e segurança foram comprovadas por eles mesmos, e garantem que o uso é prazeroso.

"Este é apenas um dos muitos desenhos que estamos fazendo para nossa companhia", diz Quitmeyer.

Ele, Firaz Peer e Paul Clifton, que também participam da criação, fundaram a empresa, e já começaram a comercializar o dispositivo no site. O brinquedo sexual custa US$ 350 (cerca de R$ 820), e, com a venda, o trio espera arrecadar fundos para garantir a continuidade da companhia.

"Nosso objetivo final é criar brinquedos eróticos de código aberto para que as pessoas possam construir elas mesmas", revela Quitmeyer.

Ele explica que o site se baseia na filosofia "DIY" ("Faça você mesmo") aplicada à tecnologia sexual. Para isso, eles compartilharão os códigos dos desenhos e proporcionarão as peças necessárias para construir os brinquedos eróticos ou criar novos.

Por enquanto, eles ainda estão em fase inicial de pesquisa e desenvolvimento, mas anunciam que, assim que conseguirem mais financiamento, partirão para "objetivos maiores".

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